O
dólar abriu em queda ante o real nesta terça-feira (19), em linha com o
comportamento da divisa norte-americana ante outras moedas emergentes e
de países exportadores de commodities. Apesar de o crescimento
econômico da China em 2015 ter sido o menor em 25 anos, a desaceleração
do gigante asiático alimentou as expectativas por mais medidas de
estímulo por lá.
Às 9h25min, o dólar à vista no balcão caía
0,52%, a R$ 4,0123. O dólar para fevereiro recuava 0,69%, a R$ 4,0260. A
moeda norte-americana também perdia terreno ante divisas como o rublo
russo (-1,22%), o rand sul-africano (-1,25%) e o dólar australiano
(-0,89%).
O PIB da China cresceu 6,9% em 2015, de acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas. O resultado veio em linha com a
previsão de 15 economistas consultados pelo Wall Street Journal, mas foi
o mais baixo desde 1990.
Em 2014, o PIB havia se expandido 7,3%.
A economia chinesa cresceu 6,8% no quarto trimestre de 2015, na
comparação com o mesmo período de 2014, e avançou 1,6% na comparação com
o terceiro trimestre do ano passado. Na manhã desta terça, o banco
central da China (PBoC) informou que vai injetar 600 bilhões de yuans
(cerca de US$ 91,2 bilhões) em liquidez no mercado financeiro.
Enquanto
isso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou novo corte de
previsão para a economia mundial e alertou para o aumento de riscos,
incluindo uma desaceleração mais forte da China, novas quedas no preço
do petróleo e piora de tensões geopolíticas.
O PIB mundial deve crescer
3,4% em 2016 e 3,6% em 2017, um corte de 0,2 ponto porcentual nos dois
anos na comparação com as previsões divulgadas em outubro pelo Fundo,
durante sua reunião anual. Entre os principais países, o FMI manteve a
projeção de crescimento da China, de 6,3% este ano e 6% em 2017.
Já
as projeções para o Brasil foram drasticamente cortadas. O FMI agora vê
o PIB do País encolhendo 3,5% este ano e com crescimento zero em 2017. A
projeção para 2016 foi cortada em 2,5 pontos porcentuais. A de 2017, em
2,3 pontos. Para 2015, o Fundo projeta retração de 3,8%. (imagem de Shangai, principal centro financeiro da China)
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