O custo do transporte rodoviário no Brasil superou, em janeiro deste
ano, o frete cobrado pelas empresas em 12,9%, mostra pesquisa feita
nesta quinta-feira pela NTC&Logística com 300 companhias do
segmento, durante a realização do Conselho Nacional de Custos, Tarifas e
Mercado, o Conet. A diferença é menor do que a observada em janeiro do
ano passado, de 14,11%, mas superior à verificada em agosto, de 10,14%. O
levantamento é realizado duas vezes por ano.
Segundo Lauro
Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, o aumento da diferença
na comparação com agosto se deve a uma combinação de vários fatores
mencionados pelos empresários, mas destacou três deles: a elevação do
preço do combustível, a alta dos salários dos funcionários e a menor
demanda por transporte de carga, como consequência da recessão.
Com
o custo superior ao frete cobrado, as empresas se veem obrigadas a
tomar algumas medidas para conseguir se manter no mercado. "Por exemplo,
o setor demora alguns anos para trocar seus caminhões. O dinheiro que
elas usariam para comprar novos caminhões acaba sendo utilizado para
bancar esse prejuízo. Com isso, a idade média da frota vai aumentando",
explicou Valdivia.
Para 2016, ele espera um novo aumento da
diferença entre o frete e o custo, mas de forma mais gradual. "As
empresas já estão se adaptando à nova situação da economia e há uma
expectativa de que o PIB não caia tanto quanto caiu em 2015", afirmou.
Durante
o Conet, a NTC apresentou também estudo sobre a variação média do
INCT-F e do INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga -
Fracionada e Lotação). Enquanto o primeiro aumentou 9,46% em 2015, o
segundo subiu 9,01%. Entre os principais insumos, o óleo diesel teve
aumento de 13,49% nos últimos 12 meses e o salário de motoristas teve
alta de 9%.
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