As
exportações dos Estados Unidos para o Brasil poderiam aumentar em 78%
até 2030 se os dois países tivessem um acordo de livre comércio, estimou
estudo divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo Brazil-US Business
Council em evento realizado em Washington. Número dois do Departamento
de Comércio americano, Bruce Andrews disse que o Brasil é uma das
prioridades do governo americano na área comercial.
“Os
Estados Unidos acreditam firmemente que a parceria econômica entre os
EUA e o Brasil é crucial para fortalecer a estabilidade e a segurança
não apenas de nossos dois países, mas de toda a região”, disse. A negociação de um tratado de livre
comércio ainda não está na mesa, mas é um objetivo de longo prazo da
comunidade empresarial de ambos os lados.
A avaliação detalhada do
potencial impacto de um acordo do tipo para o Brasil está sendo
realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo a pedido da Câmara
Americana de Comércio (Amcham). Os resultados devem ser apresentados em
março. A análise divulgada ontem aponta crescimento de 21% das
importações de produtos brasileiros pelos EUA em 2030. Andrews observou que a crise atual é uma “oportunidade” para o
Brasil adotar medidas “difíceis” que aumentem a competitividade do país
no longo prazo.
Apesar da turbulência atual, ele disse que empresários
americanos olham para as perspectivas futuras do país e veem
possibilidades “reais e substanciais” para seus investimentos. Em seu último evento como chairman do Brazil-US Business
Council, o vice-presidente executivo da Coca-Cola, Ahmet Bozer,
ressaltou que a empresa aumentou seus investimentos no Brasil no ano
passado e continua a apostar no país.
“Em todos os lugares do mundo há
dificuldades econômicas de curto prazo”, disse . “Mas quando você olha no longo prazo em um país como o Brasil, você só pode ser otimista.” “Nós temos investido e continuaremos a investir no Brasil,
apesar dos desafios”, declarou Tim Glenn, presidente da DuPont Crop
Protection e vice-chairman do Brazil-US Business Council.
Apesar de o acordo de livre comércio ser um objetivo distante,
Andrews observou que os dois países estão adotando medidas de
facilitação de comércio, convergência regulatória e padronização que
poderão aumentar as vendas bilaterais no curto e médio prazo.
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