A participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial
saltará de 7,04% para 10% até 2018. A meta foi anunciada nesta sexta-feira (29)
pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante
entrevista coletiva à imprensa. O crescimento das exportações do setor,
afirmou, será baseado em garantias sanitárias, produtividade e conquista de
novos mercados.
Para responder por 10% de todo o comércio agrícola no mundo –
que em 2014 alcançou US$ 1,17 bilhão –, o Brasil continuará investindo em
negociações comerciais e sanitárias com os 22 principais mercados
internacionais que, juntos, representam 75% da atividade comercial mundial.
Fazem parte desse grupo parceiros tradicionais do Brasil e que
compõem o chamado “Big 5”, os cinco maiores importadores de alimentos no mundo:
Estados Unidos, União Europeia, China, Rússia e Japão. “Somente essas nações
são responsáveis por metade de todas as compras mundiais de produtos
agropecuários”, disse a ministra, que ressaltou que o país precisará negociar
um “mix” de acordos, tanto sanitários quanto tarifários.
“Estamos com uma agenda bastante arrojada e agressiva para negociar barreiras
sanitárias com nossos parceiros, mas isso não exclui a possibilidade de esses
mesmos países também firmarem acordos tarifários”, assinalou a ministra. “Nossa
perspectiva é bastante real e conservadora para atingir a meta dos 10%.”
Também fazem parte do hall de prioridades mercados ainda pouco
acessados, mas que apresentam alto potencial de importação. Um exemplo é a
Indonésia, que pode aumentar as compras de produtos brasileiros em 15% até
2018, principalmente de açúcar e soja. Destacam-se ainda a Arábia Saudita (com
potencial de crescimento de 12,4%), a Tailândia (11,5%), o Egito (13,6%) e os
Emirados Árabes Unidos (10,6%).
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