terça-feira, 23 de março de 2021

Porto Açu aposta em projetos sustentáveis para desenvolver e expandir suas operações

 

          A diretora de Negócios Internacionais e Inovação do Porto Açu (RJ) e vice-presidente da região da América Central e do Sul da Associação Internacional de Portos e Baias (IAPH), Tessa Major, disse que a tendência internacional é apostar  na alta tecnologia e na sustentabilidade. “E todos estão na mesma frequência, tentando alcançar o novo cânone do sucesso portuário”, explicou.

          Segundo ela, os terminais “estão agregando automação, operações remotas, redução de emissões, sem papel, etc., tudo com o objetivo de buscar um impacto de longo prazo no meio ambiente e seus custos”. A apenas 319 km ao norte da cidade do Rio de Janeiro, o Porto do Açu é o terceiro maior terminal de minério de ferro do país;

          O terminal também é responsável por 25% das exportações nacionais de petróleo -graças à sua grande base offshore. Conta, ainda, com o maior complexo termelétrico da América Latina e é o terceiro maior porto do Brasil em volume de carga. 

          “Mas o mais impressionante”, afirma Major, “é que o Porto do Açu faz tudo isso de forma sustentável”. Os projetos de desenvolvimento portuário estão principalmente relacionados ao fornecimento de energia sustentável e renovável para as operações portuárias, além de beneficiar as comunidades próximas.

          “O Porto do Açu tem 90 km2 de terras e ainda há muito espaço para crescer nas operações existentes e, ao mesmo tempo, atrair novos ramos de negócios”, revela a executiva, que começou a trabalhar no porto de Antuérpia, na sua terra natal Bélgica, há cerca de 10 anos. Ela faz parte da equipe do Porto do Açu desde 2014, ano em que iniciou suas operações.

          “O porto reúne um grande número de hubs dentro de seu terreno, o que permite desenvolvimentos principalmente no setor de produção de energia, como eólica, solar e assim alcançar um custo de produção de combustível mais baixo que permitiria a fabricação de fertilizantes localmente,” conta Major. Desta forma, o complexo pode promover uma atividade agrícola mais viável e sustentável. Atualmente o Brasil tem que importar fertilizantes ”.

          O porto de Antuérpia é referência de alto padrão para os projetos do Açu, que permitirão, junto com a iniciativa de mix de energia, expandir a localização atual, atrair novas indústrias e consolidar a capacidade para novos serviços, como o transporte de contêineres. “Conseguimos atrair novos negócios em 2020 com criatividade, agilidade e adaptação, e até 2021 estamos focados no crescimento e industrialização do porto”, conclui Major

 

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