terça-feira, 16 de março de 2021

Brasil pode fechar acordo com a Europa permitindo presença de armadoras internacionais na cabotagem, diz LPO

 

         Há anos o Brasil mantém políticas de estado coerentes com o desenvolvimento de sua marinha mercante, que em suas linhas gerais não sofreu grandes variações com as mudanças políticas dos últimos anos. De fato, a decisão do Brasil de abandonar o Tratado Flúvio-Marítimo em 2022, anunciada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro estava na agenda de governos anteriores, afirma um relatório da LaPolíticaOnline (LPO).

         Segundo a publicação, o Brasil dá indicações de se preparar para selar um acordo com a Europa e para isso minimizar as condições com a região para que, junto com o Uruguai, facilitem o comércio bilateral e nesse plano se comprometa com o desenvolvimento da transporte fluvial de cabotagem, delegando o transporte marítimo de cargas a companhias marítimas internacionais.

         Nesse sentido, sem as cotas estabelecidas pelo tratado Flúvio-Oceânico, o Brasil vai liberar ao mercado o transporte de milhões de toneladas de mercadorias que trocam com a Argentina, que se verá obrigada a competir com uma minúscula marinha mercante de custos elevados, aspectos Soma-se a isso as deficiências de sua reduzida malha ferroviária, a falta de infraestrutura viária, bem como os elevados preços do transporte fluvial na proporção de 3 para 1 em favor do vizinho Paraguai.Portanto, segundo a LPO, a determinação do Brasil representa um risco para a Argentina, mas também um desafio.

         O tamanho do mercado brasileiro não explica todas as suas vantagens, mas também os amplos benefícios fiscais e o regime diferenciado das empresas de cabotagem em relação às internacionais, enquanto na Argentina - as nacionais internacionais - recebem o mesmo tratamento, explicou à LPO Sergio Borrelli, ex-controlador do Porto de Buenos Aires e reconhecido especialista no assunto.

 

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