quinta-feira, 25 de março de 2021

Plano de combate ao coronavírus no Porto de Paranaguá completa um ano, com 1,6 milhão de trabalhadores atendidos

 

A estrutura de combate ao coronavírus instalada nos terminais portuários do Paraná completou um ano. Foram mais de R$ 11 milhões investidos e 1,6 milhão de trabalhadores atendidos. Nos últimos 365 dias, equipes médicas e de enfermagem atuaram 24 horas no Pátio de Triagem e nos acessos de motoristas e pedestres ao cais do porto de Paranaguá.

O porto paranaense foi o primeiro do Brasil a adotar as medidas, que continuam em vigor. “A atividade portuária é essencial para o transporte de alimentos, insumos e maquinários. O Governo do Estado agiu rapidamente para dar as condições e a segurança necessárias para milhares de pessoas que dependem do porto para o sustento de suas famílias”, destaca o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Segundo ele, paralisar o Porto representaria perdas graves para toda a cadeia logística, mas, principalmente, para os trabalhadores portuários. “A maioria dos trabalhadores portuários avulsos ganha por hora. A paralisação faria com que o rendimento dessas pessoas fosse a quase zero. A arrecadação dos impostos, cada emissão de nota fiscal dos terminais pelos serviços prestados, gera renda para o município. Então, agravaríamos ainda mais a crise econômica, sem falar do prejuízo à produção, ao escoamento e à logística do Brasil”, afirma Garcia.

NÚMEROS –O investimento da empresa pública na compra de materiais, equipamentos e contratação de equipes médicas, que fazem a aferição de temperatura, avaliação de sintomas compatíveis com a Covid-19 e o encaminhamento dos casos necessários, foi de aproximadamente R$ 900 mil por mês. As estruturas ficarão montadas até quando for necessário.

As equipes incluem 14 técnicos de enfermagem, três auxiliares administrativos e dois de limpeza hospitalar. A estrutura conta, ainda, com dois postos médicos e dois postos de enfermagem  - um no Pátio de Triagem e outro no Edifício Dom Pedro, acesso dos trabalhadores à faixa portuária.

De março de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, foram realizados 556 atendimentos médicos; 264 pessoas apresentaram sintomas; 247 casos foram descartados; 26 trabalhadores foram encaminhados ao sistema de saúde municipal; e 177 passaram pela coleta de exame RT-PCR, nas próprias estruturas contratadas pelo porto.

TRABALHADORES – A diretora-executiva do Órgão Gestor da Mão de Obra dos Trabalhadores Portuários Avulsos do Porto de Paranaguá (OGMO-Paranaguá), Shana Bertol, considera que os cuidados adotados desde o início foram essenciais.

“Logo que a pandemia foi declarada, começamos com as ações mais ostensivas, com a instalação dessas barreiras sanitárias e o atendimento da equipe médica exclusiva para Covid, testagem rápida dos trabalhadores, além da disponibilização de todos os EPIs, álcool em gel”, conta.

“Durante todo esse período, fizemos um acompanhamento junto aos TPAs e mais de 80% diz se sentir seguro ao realizar os seus serviços dentro do porto”, completa.

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