segunda-feira, 29 de março de 2021

Frota mercante mundial desvia rotas devido ao bloqueio do Canal de Suez provocado pelo encalhe de navio da Evergreen

 

Os navios que navegam pelo Oceano Atlântico tiveram que fazer uma curva acentuada do leme para estibordo para evitar o Mar Mediterrâneo e a consequente travessia do Canal de Suez. A travessia ficou bloqueada desde 23 de março devido ao encalhe do porta-contêineres de mais de 20.000 TEUs "Ever Given" da Evergeen.

A mudança de rota é revelada pelo canal norte-americano de economia Bloomberg, a rever a rota do “Marlin Santorini”, um petroleiro com capacidade para transportar um milhão de barris. O gigante marítimo mudou de destino e se afastou do Canal de Suez, virando para o sul para fazer fronteira com a África.

O desvío pode acrescentar cerca de 6.000 milhas à viagem da embarcação e em torno de US$ 300 milhões de acréscimo nos custos de combustivel. Este, contudo, é apenas um dos diversos contratempos sofridos esta semana pelos navios mercantes que transportam cargas de todo tipo, desde commodities a productos acabados, por todo o mundo.

A fabricante de móveis Ikea e a indústria de equipamentos de construção Caterpillar Inc. estão entre as muitas empresas internacionais que enfrentam dores de cabeça na cadeia de suprimentos. A crise também está elevando os preços do gás natural na Europa, atrasando os parques eólicos na Ásia e pode em breve afetar o comércio de café.

O navio porta-contêineres "Ever Given" deve permanecer preso no Canal de Suez até a próxima semana, anunciam as autoridades egipcícias, que administram a travessia, sem, noentanto, fornecer mais detalhes sobre a operação de desemcalhe. Mas este é apenas o começo da reorganização do comércio mundial a partir desta situação gerada pelo barco da Evergreen.

"Se não puder ser retomado em uma semana, será horrível", disse Mark Ma, dono da Seabay International Freight Forwarding Ltd., uma empresa que movimenta produtos chineses vendidos em plataformas como a Amazon.com Inc. e tem entre 20 e 30 contêineres entre os navios que aguardam para transitar pela estrada aquática. "Veremos as taxas de frete dispararem novamente. Os produtos estão atrasados, os contêineres não podem retornar à China e não podemos entregar mais mercadorias."

 

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