O Porto
do Pecém (CE) alcançou um novo recorde na operação de embarque de placas de
aço. Com o material produzido pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), o
terminal movimentou 34.169 toneladas da carga em 24 horas. No último sábado
(18), a embarcação Mv Tong Da desatracou do Pecém em direção à China, carregado
pelas placas, aonde deve chegar dia 25 de agosto.
Segundo Waldir Sampaio, diretor
executivo de operações do Complexo do Pecém, a marca sinaliza a superação da
capacidade operacional do Porto, tendo em vista que o contrato prevê o
transporte de 10 a 12 mil toneladas de placas por dia. No próximo mês de
agosto, acrescenta Sampaio, o Porto do Pecém completa quatro anos de trabalho
com a exportação das placas feitas na CSP.
O recorde envolveu duas prestadoras
de serviço operacionais do Porto: Tecer Terminais e a Unilink Transportes
Integrados. Para Carlos Alberto Nunes, gerente comercial da Tecer, a marca
demonstra que, com esse aumento de produtividade, há melhor uso da estrutura
portuária.
"Quanto você aumenta seus níveis
de produção, pressiona menos essa estrutura. Facilita pra empresa que embarca o
navio, disponibiliza menos equipamentos e, para o Porto do Pecém, maximiza a
disponibilidade de berço para outros clientes (embarcações)", explica
Nunes. Ele observa como esse movimento influencia na articulação do número de
instalações portuárias.
"A questão da produtividade nos
portos é importante por isso", reforça. Nunes coloca que outros dois
fatores influenciaram no alcance da marca: articulação na negociação do plano
de transporte e o navio era do tipo "box" - com menor necessidade de
trabalho de manuseio dentro da embarcação.
A movimentação específica desse tipo
de carga cresceu 25,6%, de maio para junho, segundo levantamento divulgado pelo
Porto do Pecém. "A Siderúrgica deu uma queda pequena de produção, de março
pra abril, retomou em maio, e em junho voltou com a carga total - vimos por
esse aumento com as placas", contextualiza Waldir Sampaio.
Diante dos efeitos da crise do novo
coronavírus, Sampaio não nega que o Porto tenha sido afetado pela crise, mas
reforça que as operações "seguem normalmente". O diretor situa que o
equipamento é "indispensável para o Governo do Estado" no
abastecimento de alimentos, medicamentos e produtos hospitalares, dentre outras
cargas.
"O Porto do Pecém não parou em
nenhum momento nessa pandemia. Não poderíamos prejudicar o abastecimento do
Estado. Fomos afetados sim, já que quando uma fábrica para de produzir, os
portos e aeroportos, que movimentam as cargas, também sofrem com a queda",
esclarece.
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