Vários
classificadores e algumas seguradoras de navios decidiram retirar os serviços
aos navios-tanque que participam do comércio de petróleo venezuelano. Isso
ocorre como conseqüência do aperto das sanções dos Estados Unidos contra o país
latino-americano, informou a Reuters.
Essas sanções levaram as exportações
de petróleo da Venezuela aos níveis mais baixos em quase 80 anos, privando o
governo Nicolás Maduro de sua principal fonte de renda e deixando as
autoridades sem dinheiro para importações essenciais, como alimentos e medicamentos.
O enviado especial de Washington à
Venezuela, Elliott Abrams, explicou que nos últimos meses os Estados Unidos se
concentraram na indústria marítima, em um esforço para aplicar melhor as
sanções ao comércio de petróleo e isolar Caracas. "A maioria dos
armadores, seguros e capitães simplesmente vai dar as costas à Venezuela (...)
Não vale a pena o trabalho ou o risco para eles", afirmou.
Da mesma forma, ele reconheceu que o
país presidido por Donald Trump está pressionando companhias de navegação,
seguradoras, certificadoras e Estados de bandeira que registram navios. O
objetivo é que as agências de classificação determinem se os navios violaram os
regulamentos de sanções, para que retirem a certificação, se for o caso. Isso
ocorre porque, sem certificação, um navio e sua carga não têm seguro. Além
disso, os armadores também violariam contratos comerciais que exigem a
manutenção de certificados.
Um dos principais classificadores do
mundo, o Lloyd's Register, informou que havia retirado os serviços de oito
navios-tanque que participavam do comércio com a Venezuela. "De acordo com
nosso programa de cumprimento de sanções, quando tomamos conhecimento de
embarcações que operam em violação às leis de sanções relevantes, a
classificação LR foi retirada", disse uma porta-voz da empresa.
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