Os silos públicos
do Porto de Paranaguá (PR) registraram o maior volume de remessas nos últimos
dez anos. A quantidade de grãos e farelo de soja totalizou quase 1,66 milhão de
toneladas durante o primeiro semestre de 2020, o que representa um aumento de
67,8% em relação ao volume embarcado pelo complexo no mesmo período de 2019.
O presidente da Portos do Paraná,
Luiz Fernando García, comentou que "existem diferentes fatores que
impulsionaram as exportações de cereais. Mas é necessário destacar o
alinhamento com as operadoras que utilizam os terminais públicos. É a boa
gestão do sistema logístico que garante agilidade no fluxo entre o recebimento
de carga e o carregamento do navio ".
A estrutura é administrada pela
empresa pública Puertos de Paraná e integra o complexo do Corredor de
Exportação do Porto de Paranaguá. Segundo o diretor de Operações, Luiz Teixeira
da Silva Júnior, os esforços conjuntos das esferas pública e privada garantem
maior eficiência operacional. "A administração pública e os demais
terminais privados interconectados investiram pesadamente na qualidade das operações,
alcançando altas taxas de produtividade", afirmou.
Ele acrescentou que "as
regulamentações operacionais estão sendo constantemente aprimoradas e as
melhorias tornaram o Corredor de Exportação um porto seguro para os
agronegócios brasileiros".
O Porto de Paranaguá possui d silos
públicos, vertical dedicado à soja e com capacidade para armazenar até 100.000
toneladas; e quatro horizontais, com capacidade total para 60 mil toneladas de
farelo de soja. Por meio dessas estruturas, empresas que não possuem terminais
próprios em Paranaguá podem operar. Atualmente, os operadores de silos públicos
são Céu Azul, Grano Logística, Gransol, Marcon, Sulmare, Tibagi e Transgolf,
que trabalham com vários exportadores menores.
Entre os principais fatores que
contribuíram para os resultados alcançados pelos silos públicos estão o aumento
do volume de comercialização da soja por produtores e exportadores e,
consequentemente, um maior uso desses terminais. "Além disso, a capacidade
de descarregamento de silos públicos também é um grande diferencial para
garantir o fluxo de recepção e serviço aos navios, mesmo neste período de seca
que ocorreu nos primeiros meses do ano", explicou Luis Douglas Henrique,
da Divisão Silos dos Portos do Paraná.
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