O diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski,
participou do webinar “Descarbonizando o transporte em uma crise global
sem precedentes”, organizado pelo Fórum Internacional de Transportes
(FIT) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Foi dentro de um
contexto de aproximação do Brasil junto ao FIT.
Na véspera do evento, o
Brasil foi admitido como país observador desse fórum, que atualmente
conta com mais de 60 países membros e funciona como um “think tank” de
políticas de transportes, além de ser uma plataforma de discussão e
pré-negociação dos assuntos relacionados a essas políticas.
O webinar foi organizado no âmbito da
conferência “Descarbonizando o Transporte em uma crise global sem
precedentes” que, por sua vez, faz parte do projeto “Descarbonização de
transportes em economias emergentes”, do FIT.
Durante sua apresentação, Tokarski fez
uma breve exposição acerca da atuação da ANTAQ e das características do
transporte aquaviário no Brasil. Ao discorrer sobre os impactos causados
pela pandemia da Covid-19 no transporte aquaviário brasileiro, o
diretor destacou o incremento de 4% na movimentação portuária no período
de janeiro a maio de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. No
transporte de longo curso, foi constatado um aumento de 2,9% nas
exportações nesse período, com destaque para exportação de soja para a
China, cujo incremento foi de 43,4%.
O diretor enfatizou a importância da
descarbonização proporcionada pelo transporte aquaviário, citando que a
navegação de cabotagem apresentou aumento de 13,9% no período citado. Ainda no tocante à diminuição da emissão
de CO2, Tokarski frisou que o país possui amplo potencial de
crescimento no transporte aquaviário, tanto em termos de navegação
interior quanto na navegação de cabotagem, e que medidas podem ser
tomadas para permitir a integração desses modais no sistema de
transporte brasileiro.
Ele apresentou, como exemplo, os investimentos que
foram realizados para permitir o escoamento da produção agrícola pela
Região Norte do país, bem como as negociações em curso acerca da livre
navegação na hidrovia Paraguai-Paraná. “Sou um defensor da maior utilização do
transporte aquaviário no país e precisamos promover a discussão desse
tema com outros atores e organismos para que essas ações sejam
implementadas”, concluiu Tokarski.
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