A Superintendência dos
Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS) divulgou o
resultado do semestre dos três portos públicos do Estado sob sua administração:
o Porto do Rio Grande, de Pelotas e Porto Alegre. Os números apresentados
mostram que mesmo com a pandemia, os terminais gaúchos estão cumprindo seu papel
para com a sociedade mantendo seu funcionamento e proporcionando a chegada e
saída de produtos do Estado. Ainda, o mês de junho de 2020 fica marcado como o melhor mês da
história do Porto do Rio Grande, pois, pela primeira vez, um único mês
movimentou mais de 4,4 milhões de toneladas.
A primeira boa notícia é que o mês de junho movimentou no Porto do Rio Grande o
montante de 4.401.716 toneladas, e este total de cargas no período de um mês
foi o maior da história do complexo portuário, batendo o recorde que havia sido
verificado no mês de setembro de 2018, quando haviam sido 4.340.915
toneladas. O primeiro semestre no porto do Rio Grande foi também o segundo
melhor primeiro semestre em toneladas de cargas da história do Porto,
movimentando 19.906.598 toneladas, um valor 6,97% superior ao mesmo período de
2019.
Esse acréscimo foi puxado sobretudo pelo incremento percentual da
movimentação de fosfatos e arroz, que foram de 36,07% e 32,65% respectivamente,
e pelo grande volume de embarques de soja em grão, que aumentaram 27,35% no
período. A tonelagem incrementada de soja no período foi de 1.396.699
toneladas.
A Superintendência dos Portos do RS divulgou também o resultado da movimentação
total dos outros dois portos públicos (Porto Alegre e Pelotas), o que nos leva
à segunda boa notícia: a média de incremento dos
três Portos Públicos que pertencem ao complexo hidroportuário do RS foi de
6,28% no semestre em comparação ao ano de 2019.
A soma dos três portos, que vem
mantendo as suas operações mesmo durante a pandemia com todos os protocolos
indicados pelas autoridades sanitárias internacionais, teve um incremento total
de 1.231.933 toneladas à mais do que o mesmo período de 2019 - isto somente nos
portos públicos. O transporte de cargas nos três portos (Porto alegre, Pelotas
e Rio Grande) do Estado somaram mais de 20.842.407 toneladas movimentadas no
período.
O Porto de Pelotas foi o porto que teve o aumento percentual mais expressivo no
semestre, de 13,08%, demonstrando um destacado aumento em sua movimentação de
toras de madeira (14,97%) e de clínquer (14,81%). Em valores absolutos o Porto
de Pelotas movimentou 59,8 mil toneladas a mais do que o ano anterior.
Motivado pelas restrições de calado que vêm apresentando por causa da obra de
dragagem do Canal da Feitoria, na Lagoa dos Patos, o Porto de Porto Alegre foi
o único dos três portos públicos que apresentou um decréscimo nas suas
operações neste semestre. Foram movimentadas 418.133 toneladas, um decréscimo
de 23% de carga bruta em relação ao 1° semestre de 2019, 125.018 a menos do que o ano anterior. Ao contrário das outras cargas, mesmo
com as restrições de calado, a descarga de trigo (importação) na capital gaúcha
apresentou ainda um aumento de 5,6% no período.
Em relação aos principais destinos e origens das exportações e importações do
Porto do Rio Grande notam-se poucas diferenças percentuais em relação ao share
dos países com o fechamento do ano de 2019. A China, que detinha o primeiro
lugar das exportações, com 58,38% das cargas embarcadas, manteve-se estável no
primeiro lugar no primeiro semestre deste ano com 57,27%. Já na partilha das
importações a Argélia perdeu o posto de primeiro lugar para a Argentina, que
aumentou de 9,74% da participação das importações para 12,12%.
Os dados referentes aos demais Terminais de Uso Privado (TUPs) do Estado são
divulgados juntamente aos dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
A previsão é que sejam divulgados no início do mês de agosto. A Portos RS ressalta que este aumento dos números só foi possível pelo grande
empenho dos trabalhadores, que estão exercendo suas funções com esforço e
dentro dos protocolos de enfrentamento e prevenção contra a COVID-19. Toda a
sociedade gaúcha agradece e felicita estes profissionais tão especiais e
essenciais."
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