sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Ministro acredita que leilão de áreas portuárias previsto para esse mês terá mais sucesso que os anteriores

         O ministro dos Portos Helder Barbalho, depois de anunciar para o final desse mês a publicação do primeiro edital para licitação de terminais portuários, previu nesta sexta-feira que o leilão terá mais sucesso do que os últimas concessões tentadas pelo governo em outras áreas, devido ao represamento de investimentos no setor.
         Os critérios para a licitação de três terminais em Santos (SP) e um em Vila do Conde (PA) saem dia 26 de outubro, e os contratos devem ser assinados no fim do ano, garantindo os recursos dessas outorgas para o Tesouro Nacional ainda em 2015, adiantou o novo titular da SEP (Secretaria Especial de Portos).
         "O perfil desses terminais é de grande atratividade, pois estão voltados para a exportação de soja e celulose, cujos mercados estão aquecidos. São investimentos importantes para a logística e a competitividade de setores que desejam construir essa infraestrutura já há algum tempo", avaliou Barbalho.
        "A nossa expectativa é de um cenário de absoluto sucesso no leilão", completou. Além do potencial das commodities nesses terminais, o ministro citou que o momento do câmbio torna esses ativos mais atrativos para grupos estrangeiros interessados em entrar no mercado brasileiro.
        "Temos sido procurados por investidores internacionais que desejam conhecer os projetos. O dólar está propício para a participação deles no leilão", contou. Perguntado se a cobrança de outorga na concessão pode diminuir a quantidade de companhias na disputa, Barbalho argumentou que os cálculos que levaram aos valores cobrados estão em sintonia com as condições de mercado.
        Considerando os dois primeiros leilões planejados pelo governo, a estimativa de arrecadação é de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão, sendo cerca de metade disso ainda este ano. "A cobrança de outorga não deve impedir a disputa. Estamos certos da projeção de valores e devemos bater as metas", assegurou o ministro.

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