Balança comercial do Brasil registra déficit de US$ 250 milhões na 3ª semana de outubro

         A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 250 milhões na 3ª semana de outubro (12 a 18). O número resultou de US$ 2,932 bilhões em exportações e US$ 3,183 bilhões em importações, segundo informou nesta segunda-feira (19), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O valor rompeu uma sequência de dados positivos que foram verificados desde a quinta semana de agosto, quando ficou negativo em US$ 42 milhões.

         No mês, as exportações somaram US$ 8,521 bilhões e as importações, US$ 7,744 bilhões, com saldo positivo de US$ 777 milhões. Já no acumulado do ano, até a terceira semana deste mês, a balança operou no azul em US$ 11,025 bilhões, fruto de US$ 153,017 bilhões em exportações e US$ 141,991 bilhões em importações. No mesmo período de 2014, o país acumulava um déficit comercial de US$ 1,325 bilhão.

         As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 733,0 milhões na 3ª semana de outubro (12 a 18), uma queda de 8,2% na comparação com a média registrada nas duas primeiras semanas (US$ 798,4 milhões). Já o fluxo de importação teve crescimento de 22,1% na média diária, registrando US$ 795,6 milhões na terceira semana, contra US$ 651,6 milhões nas duas primeiras. Os números também foram divulgados nesta segunda-feira, 19, MDIC.

         Conforme o MDIC, a queda nas exportações ocorreu nas três categorias de produtos. Os básicos tiveram queda de 12,8%, de US$ 383,1 milhões para US$ 334,2 milhões, motivada por uma redução nos embarques de petróleo em bruto, soja em grão e fumo em folhas. Já os semimanufaturados caíram 5,2% no período, de US$ 110,2 milhões para US$ 104,5 milhões, em razão de celulose, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, ferro-ligas e ouro em forma semimanufaturada. 

       No caso dos manufaturados, houve retração de 1,6%, de US$ 287,4 milhões para US$ 282,9 milhões, motivada, principalmente, por tubos flexíveis de ferro fundido, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, aviões, veículos de carga, motores e geradores.

         O aumento das importações foi atribuído, principalmente, ao aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, químicos orgânicos e inorgânicos, veículos automóveis e partes e adubos e fertilizantes.

         No resultado observado até a terceira semana do mês, as exportações apresentaram retração de 2,8%, comparadas as médias até a 3ª semana deste mês (US$ 774,6 milhões) com a de outubro de 2014 (US$ 796,9 milhões).

         Já nas importações, a média diária até a 3ª semana deste mês, de US$ 704 milhões, ficou 17,0% abaixo da média de outubro de 2014 (US$ 848,2 milhões).