sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Financiamentos do BNDES para infraestrutura crescem mesmo com a crise econômica

         O setor de infraestrutura foi um dos menos impactados com as reduções de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mesmo diante da queda de desembolsos prevista para esse ano, o setor vai receber mais recursos que em anos anteriores, com aumento de 5% em relação à 2014.
         A informação foi dada pelo diretor de Planejamento, Pesquisa e Acompanhamento Econômico do Banco, João Carlos Ferraz, que falou hoje (16) durante evento do Conselho Empresarial da America Latina, no Rio de Janeiro.
        Segundo ele, o aumento dos desembolsos em infraestrutura refletem o potencial da economia brasileira e miram no crescimento sustentado, com oportunidades competitivas de baixo risco para os empresários.
         O diretor aposta no mercado interno, exportações e infraestrutura como "vetores do crescimento" no país. Para ele, a alavancagem da economia brasileira é uma questão de tempo. "Temos que atravessar esse inferno astral, mas as oportunidades são grandes", disse aos empresários latino-americanos, cobrando também mais participação do setor privado no financiamento de grandes projetos.
         O setor de infraestrutura ajuda a criar condições para o crescimento da economia, destinando recursos para portos, aeroportos e rodovias, que reduzem custos de produção e passam a atender melhor a população.
         Financiando obras de empresas brasileiras na África e a na América Latina, como o metrô de Caracas, na Venezuela, e o porto Mariel, em Cuba, o BNDES também movimenta a economia no Brasil, acresentou o diretor. Ele desabafou aos empresários que as criticas a esses financiamentos são " ideológicas".
         "É nosso papel [financiar], enquanto apoiadores de empresas brasileiras, mas que cumprem papel de fortalecer e expandir a infraestrutura na América Latina e na África, em particular", ressaltou. O diretor destacou ainda que o montante destinado a esses projetos não chega a 4% dos desembolsos do banco.

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