O setor de infraestrutura foi um dos menos impactados com as
reduções de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). Mesmo diante da queda de desembolsos
prevista para esse ano, o setor vai receber mais recursos que em anos
anteriores, com aumento de 5% em relação à 2014.
A informação foi dada pelo diretor de Planejamento, Pesquisa e
Acompanhamento Econômico do Banco, João Carlos Ferraz, que falou hoje
(16) durante evento do Conselho Empresarial da America Latina, no Rio de
Janeiro.
Segundo ele, o aumento dos desembolsos em infraestrutura refletem o
potencial da economia brasileira e miram no crescimento sustentado, com
oportunidades competitivas de baixo risco para os empresários.
O diretor aposta no mercado interno, exportações e infraestrutura
como "vetores do crescimento" no país. Para ele, a alavancagem da
economia brasileira é uma questão de tempo. "Temos que atravessar esse
inferno astral, mas as oportunidades são grandes", disse aos empresários
latino-americanos, cobrando também mais participação do setor privado
no financiamento de grandes projetos.
O setor de infraestrutura ajuda a criar condições para o
crescimento da economia, destinando recursos para portos, aeroportos e
rodovias, que reduzem custos de produção e passam a atender melhor a
população.
Financiando obras de empresas brasileiras na África e a na América
Latina, como o metrô de Caracas, na Venezuela, e o porto Mariel, em
Cuba, o BNDES também movimenta a economia no Brasil, acresentou o
diretor. Ele desabafou aos empresários que as criticas a esses
financiamentos são " ideológicas".
"É nosso papel [financiar], enquanto apoiadores de empresas
brasileiras, mas que cumprem papel de fortalecer e expandir a
infraestrutura na América Latina e na África, em particular", ressaltou. O
diretor destacou ainda que o montante destinado a esses projetos não chega a
4% dos desembolsos do banco.
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