quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Companhia argelina importadora de grãos investe em infraestrutura no Norte do Brasil

        A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Katia Abreu e o presidente da companhia argelina Cevital, Issad Rebrab, discutiram, nesta quarta-feira, em Brasília (DF), projetos de infraestrutura no Arco Norte do país. A empresa, tradicional importadora de commodities agrícolas brasileiras, defendeu a realização de investimentos no processamento de grãos e na logística de escoamento pelo Norte brasileiro.
         A Cevital é o principal parceiro comercial do Brasil na Argélia, importando 70% de tudo o que os produtores brasileiros vendem ao país africano, principalmente açúcar bruto, óleo de soja, farelo de soja e milho. A companhia pretende investir em obras de infraestrutura na Região Norte, em especial no estado do Pará, a fim de desafogar o escoamento da produção de grãos pelo eixo Sul-Sudeste.
        “Nós nos comprometemos com o governo do Pará a criar indústrias alimentícias em várias cidades do estado para gerar empregos e agregar valor à matéria-prima”, disse Issad Rebrab. “Tomamos a decisão de investir no Corredor Norte porque os portos dessa região estão mais próximos não apenas da Argélia, como também da Europa e do restante da África”, justificou o executivo.
         A ministra incentivou os empresários a darem prosseguimento ao projeto de investimento na região e afirmou que tem se empenhado dentro do governo federal para viabilizar o escoamento da produção de grãos pelo Arco Norte. “Vocês escolheram bem o Pará, que é um grande estado, com potencial extraordinário”, disse Kátia Abreu. 
         “O eixo Arco Norte vai conferir viabilidade à região, porque precisamos reduzir o custo e o tempo que nossos produtos levam para chegar, por exemplo, a Roterdã, na Holanda", argumentou a ministra. "Isso significa mais competitividade aos produtores brasileiros”, completou Katia Abreu.

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