As atividades de entrada e saída de embarcações estão paralisadas desde domingo no porto de Porto Alegre. Segundo o diretor
substituto de Portos da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH),
Bruno Almeida, até o fim da tarde desta terça-feira, ainda havia água em cima do
cais Navegantes, impossibilitando qualquer operação. As
vias portuária entre os armazéns também estão tomadas pela água, e a balança
foi inundada na segunda-feira à noite. Um navio de fertilizantes está
atracado desde quinta-feira passada esperando para deixar o local.
Outros dois que deveriam chegar de Rio Grande não puderam entrar no
canal.
"Os navios só vão conseguir operar quando a água sair de cima do
cais. Por enquanto, nem entra, nem sai. A princípio, vamos fazer uma
análise na quarta-feira pela manhã e pode haver a liberação", disse
Almeida. Ele revelou ainda que são esperadas
chuvas à montante do rio - ou seja, locais mais próximos das cabeceiras
-, o que deve elevar o nível da água entre quinta e sexta-feira,
dificultando a liberação da navegação. Além disso, também é necessário
esperar que as estradas para saída e entrada das cargas sejam
desobstruídas para normalização dos procedimentos.
As operações do catamarã (que faz a travessia de passageiros entre Porto Alegre e Guaíba) estão suspensas desde às 15h de domingo
devido ao fechamento das comportas, em resposta a cheia no Guaíba. O diretor de hidrovias da SPH, Cristiano Nogueira da Rosa, explicou que uma
inspeção nos canais de acesso e no cais do porto até Guaíba encontrou
duas boias fora de posição.
A sinalização foi reposicionada no fim da
tarde de ontem e, conforme a Catsul, empresa que administra o transporte,
as operações serão retomadas normalmente hoje. Entre 2 mil e 2,5 mil
pessoas utilizam o serviço de transporte entre Porto Alegre e Guaíba
diariamente.
No porto do Rio Grande, o principal problema não foi a chuva, mas,
sim, o vento. As atividades na barra foram paralisadas para entrada e
saída de embarcações ainda na manhã de sexta-feira por causa da
ocorrência de rajadas de vento na casa dos 80 quilômetros por hora. No
domingo, por volta das 13h30, o local foi parcialmente reaberto, com
retorno das operações para determinados tipos de navios, com restrições
para aqueles mais leves ou com calados próximos ao nível da água.
Nesse
período, cerca de 15 embarcações tiveram que aguardar para ingressar na
área do porto.
Segundo a assessoria de comunicação da Superintendência do Porto, o
fechamento da barra só causa impactos financeiros maiores caso se
estenda por, pelo menos, quatro ou cinco dias, o que acabou não
acontecendo, pois os trabalhos foram retomados normalmente no início da
manhã de ontem. Entretanto, as perdas, ainda que pequenas, ficam por
conta dos operadores, que precisam pagar as diárias enquanto os navios
não conseguirem partir, além de caso de cargas mais frágeis para
operação em dias chuvosos, como as de celulose.
Nenhum comentário:
Postar um comentário