quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Aeroportos privatizados buscam novas formas de negócios para gerar receitas

         A geração de negócios e investimentos a partir da dinâmica aeroportuária vem sendo analisada pelas concessionárias que assumiram os aeroportos privatizados nos últimos três anos. O consenso é de que a receita gerada pelas tarifas aeroportuárias não é suficiente para rentabilizar o investimento. Com isso, a participação de outras fontes de receita no varejo, nos empreendimentos imobiliários ou na atividade industrial surge como forma de viabilização do aeroporto como negócio.
          A avaliação foi feita por Leonardo Pereira Filho, responsável por novos negócios da JSL, é exatamente que o negócio tem que estar baseado em um bom equilíbrio com as receitas comerciais não-tarifárias e as tarifárias. Para Paulo Dantas, sócio de Infraestrutura do Demarest, o setor aeroportuário é muito particular.
         “As receitas acessórias neste mercado podem ser maiores do que as receitas efetivas da concessão e ajudam a recuperar o capital investido. Para se ter uma ideia, hoje, entre 70% e 80% da receita comercial do aeroporto de Guarulhos vêm dos negócios envolvendo a alimentação”, diz ele.
          Com o objetivo de atrair investidores, os especialistas ressaltaram que é fundamental definir um planejamento a médio e longo prazo que considere todos os stake holders envolvidos. Atrair investidores é um dos desafios dos aeroportos. Como exemplifica Aluizio Bomfim Margarido, diretor comercial do Aeroporto de Viracopos: “É difícil seduzir o investidor porque é um negócio muito particular. Por exemplo, a propriedade da terra não será do investidor e ele tem que amortizar o investimento no período do contrato do concessionário”, detalha.
         “temos mais de 5 milhões de m2 de áreas a serem negociadas e mais de 5 mil indústrias de vários segmentos próximos aos aeroportos", ressalta Margarido. "Todos os estudos de viabilidade que fizemos mostram o potencial de negócios de Viracopo", acrescenta o executivo.

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