A geração de negócios e investimentos a partir da dinâmica
aeroportuária vem sendo analisada pelas concessionárias que
assumiram os aeroportos privatizados nos últimos três anos. O consenso é de
que a receita gerada pelas tarifas aeroportuárias não é suficiente para
rentabilizar o investimento. Com isso, a participação de outras fontes de receita
no varejo, nos empreendimentos imobiliários ou na atividade
industrial surge como forma de viabilização do aeroporto como
negócio.
A avaliação foi feita por Leonardo Pereira Filho, responsável por novos
negócios da JSL, é exatamente que o negócio tem que estar baseado em um
bom equilíbrio com as receitas comerciais não-tarifárias e as
tarifárias. Para Paulo Dantas, sócio de Infraestrutura do Demarest, o setor
aeroportuário é muito particular.
“As receitas acessórias neste mercado
podem ser maiores do que as receitas efetivas da concessão e ajudam a
recuperar o capital investido. Para se ter uma ideia, hoje, entre 70% e
80% da receita comercial do aeroporto de Guarulhos vêm dos negócios
envolvendo a alimentação”, diz ele.
Com o objetivo de atrair investidores, os especialistas ressaltaram que é fundamental
definir um planejamento a médio e longo prazo que considere todos os
stake holders envolvidos. Atrair investidores é um dos desafios dos aeroportos. Como
exemplifica Aluizio Bomfim Margarido, diretor comercial do Aeroporto de
Viracopos: “É difícil seduzir o investidor porque é um negócio muito
particular. Por exemplo, a propriedade da terra não será do investidor e
ele tem que amortizar o investimento no período do contrato do
concessionário”, detalha.
“temos mais de 5 milhões de m2 de áreas
a serem negociadas e mais de 5 mil indústrias de vários segmentos
próximos aos aeroportos", ressalta Margarido. "Todos os estudos de viabilidade que fizemos
mostram o potencial de negócios de Viracopo", acrescenta o executivo.
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