O Estado de Rondônia exportou 18 contêineres de carne bovina e 14 de teca
(madeira de reflorestamento de origem asiática) para a Europa, pelo porto
de Belém (PA). A economia ficou tanto em distância quanto em valor de
frete com relação aos portos de Manaus (AM) e Paranaguá (PR), rotas
usadas até o momento. Os destinos finais são os portos de Rotterdam e
Tiel na Holanda.
Numa parceria do governo de Rondônia com os Frigoríficos Friboi,
Minerva, Tangará e JBS de Rondônia e as empresas de transporte Atlântica
Matapi de Belém e CMA CGM da França, está sendo experimentada pela
primeira vez a rota porto fluvial de Porto Velho, porto fluvial e
marítimo de Belém, até os portos marítimos da Holanda.
O trecho fluvial, entre Porto Velho e Belém, fica a cargo da empresa
Atlântica Matapi que fará o transbordo no dia 28 de outubro para o maior
navio de carga do mundo, CMA CGM Jules Verne (com capacidade para 18
mil contêineres de seis metros de comprimento). Ele fará o trecho
marítimo, via Oceano Atlântico, até os portos de Rotterdam e Tiel,
conforme o diretor comercial da empresa francesa no Brasil, Márcio
Assis.
Em comparação com a rota via Porto de Paranaguá, quando o exportador
somente pode faturar a mercadoria 70 dias depois de enviada, via Porto
de Belém, agora o faturamento pode ser feito em 30 dias, segundo Carlos
Pinto, diretor comercial da Atlântica Matapi.
O executivo Dário Lopes, da BDX Florestas, especializada em comercialização
de teca explicou que a adaptação da teca em Rondônia é surpreendente,
com rendimento superior a 25% a qualquer outro lugar do planeta, e com
menos de 15 anos já atinge a maturidade e pode ser comercializada.
A BDX Florestas já comercializa a teca desde 2013, ano em que
exportou 35 contêineres, contendo 600 m³ (metros cúbicos). Em 2014 a
exportação aumentou para mais de 1.090 contêineres, contendo 19.100 m³,
gerando uma renda líquida de U$ 9.2 milhões (R$ 27,6 milhões em câmbio
da época) para o estado.
“Desde o início tivemos a ajuda da Seagri
[Secretaria de Estado da Agricultura] nos trâmites legais. Este ano a
previsão de envio para o exterior é de ao menos 2.600 contêineres,
contendo 45.000 m³, mais do que dobrando o volume exportado e a
arrecadação para Rondônia”, afirmou Dário Lopes.
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