A atividade econômica apresentou contração de 0,7% no terceiro
trimestre deste ano em relação segundo trimestre de 2016, quando caiu
0,6%, na série com ajuste sazonal. O dado, calculado pela Serasa
Experian, contrariou a expectativa de recuperação da economia. Na
comparação com o terceiro trimestre de 2015, houve recuo de 2,9%, sem
ajuste sazonal, e declínio de 4,0% no acumulado do ano até setembro de
2016. "Frustrou as expectativas de retomada mais firme da economia ao
longo do segundo semestre do ano", avaliou a nota.
Além de registrar um número pior que o segundo trimestre, o dado
reforça, segundo a Serasa, que a recessão econômica se prolongou e até
mesmo se intensificou durante o período de julho a setembro. "Avanço do
desemprego, crédito mais caro e escasso, níveis de inadimplência
elevados tanto de consumidores quanto de empresas e dificuldades
financeiras de alguns entes federativos são alguns dos elementos que
impactaram negativamente sobre a atividade econômica no terceiro
trimestre", explicou.
Com exceção do setor de serviços que ficou estável no terceiro
trimestre ante o anterior, todos os segmentos do lado da oferta
registraram contração. O PIB da agropecuária cedeu 3,7% ante o segundo
trimestre deste ano e caiu 1,9% em relação ao terceiro trimestre de
2015. O setor industrial teve recuo de 2,3% na margem e teve contração
de 3,8% frente ao terceiro trimestre do ano passado.
Pela ótica da demanda, houve recuo em todos os componentes no
terceiro trimestre ante o segundo: consumo das famílias teve retração de
1,4%; o consumo do governo caiu 0,7%; os investimentos cederam 5,4%; as
exportações caíram 7,2% enquanto as importações registraram declínio de
3,5%, com dados já dessazonalizados. Sem ajuste sazonal, houve declínios de 4,9% no consumo das
famílias; de 3,0% nos gastos do governo; de 10,6% nos investimentos; de
1,4% nas exportações; e de 7,1% nas importações, conforme a Serasa.
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