O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, conclamou os países
membros do Mercosul para se unir ao redor de compromissos que levem a
maior integração do bloco. "Queremos um Mercosul mais integrado e
solidário para a nossa gente", pediu Vázquez em palestra que proferiu
durante almoço promovido em São Paulo pelo Grupo de Líderes Empresariais
(Lide) na qual convidou empresários brasileiros a investirem em
projetos e empreendimentos uruguaios, especialmente de infraestrutura.
Vázquez disse que seu País reconhece a posição do Brasil, um país
45 vezes maior que o Uruguai, e também reconhece a Argentina, que é 15
vezes maior. Disse que entende o comércio e troca de investimentos entre
as duas maiores economias do bloco, mas que o Uruguai tem condições e
está preparado para fazer negócios com o investidor brasileiro.
Segundo Vásquez, o Uruguai é um país político e economicamente
estável, cujo PIB vem crescendo por cinco anos consecutivos e oferece
segurança jurídica aos investimentos. "Mantemos o rating BBB da Standard
& Poor's (S&P), deixamos de ser importador de energia e
passamos a exportador e 90% da energia produzida no Uruguai hoje vem de
fontes renováveis", destacou o presidente uruguaio. Ainda de acordo com ele, o Uruguai está se tornando em um grande exportador de serviços inteligentes.
Perguntado sobre o que irá acontecer com a Venezuela no Mercosul,
Tabaré Vázquez disse que os quatro países fundadores do bloco - Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai - estão solicitando à Venezuela que
internalize no país os acordos firmados no âmbito do Mercosul. De acordo
com o presidente Uruguaio, se o governo venezuelano colocar em prática
os acordos, irá participar do bloco como participam os membros
fundadores.
Sobre a eleição do magnata Donald Trump para a presidência dos
Estados Unidos e seus impactos na economia uruguaia, Vázquez ressalvou que
não se pode levar a sério o que o presidente eleito disse durante a
campanha. Para o mandatário uruguaio, muito do que foi feito de
promessas durante a campanha eleitoral de Trump não será colocado em
prática por objeção dos demais poderes da República Norte-americana.
"O que foi falado durante a campanha eleitoral de Trump não pode
ser levado a sério. Quando se assume a Presidência, a realidade é
completamente outra", disse, acrescentando que o Uruguai vai esperar
para ver se Trump vai mesmo adotar uma política comercial protecionista.
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