A dragagem do canal de navegação do Porto de Santos foi retomada na
noite de terça-feira, sete dias antes da previsão da Companhia Docas do Estado
de São Paulo (Codesp), divulgada na semana passada. Os trabalhos foram
iniciados pelo trecho 1 do canal de navegação, que fica entre a Barra e o
Entreposto de Pesca, onde, por conta do maior índice de assoreamento
(deposição de sedimentos), devem ser retirados mil metros cúbicos de
material nas próximas quatro semanas.
A draga Pearl River, responsável pelo serviço, chegou ao Porto de
Santos no último sábado. Ontem, pela manhã, iniciou inspeções na
Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) e foi liberada. Os trabalhos
foram iniciados à noite.
Além dos itens de segurança, foram analisados pela Autoridade
Marítima os documentos da draga e de sua tripulação. A embarcação
recebeu um atestado de inscrição temporária e autorização para operação
em áreas jurisdicionais brasileiras.
Com capacidade para armazenar até 24.130 metros cúbicos de sedimentos
em sua cisterna (porão), a Pearl River já atuou na dragagem do Porto de
Itaguaí (RJ). Trata-se de uma draga tipo Hopper, de sucção,
autotransportadora.
Ela tem 182,2 metros de comprimento e 28 metros de largura. O edital
de licitação da Codesp exigia um equipamento com capacidade de dragar 20
mil metros cúbicos de sedimentos por dia. De acordo com o diretor de Engenharia da Autoridade Portuária,
Antonio de Pádua Andrade, após a dragagem do trecho 1, os trabalhos
serão concentrados no trecho 4, que fica entre o Armazém 6 e a Alemoa.
“Nessa região, há uma elevação localizada perto da BTP (Brasil
Terminal Portuário). A estimativa é que, em cerca de três meses, 2,2 mil
metros cúbicos de sedimentos sejam dragados ali”, explicou o executivo.
O projeto da Autoridade Portuária prevê a extração de até 4,3 milhões
de metros cúbicos de lama do fundo do canal no período de um ano.
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