As bolsas europeias operam em baixa generalizada na manhã desta
sexta-feira (18), à medida que a valorização do dólar ante outras moedas
pressiona as commodities, como o cobre e o petróleo, e,
consequentemente, prejudica as ações de mineradoras e de petrolíferas. O dólar vem avançando desde ontem, quando a presidente do Federal
Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen, voltou a sugerir
que a instituição poderá elevar juros na reunião de dezembro, e na
esteira de dados favoráveis de inflação e do mercado de trabalho
norte-americano.
O fortalecimento do dólar prejudica os preços do cobre e do
petróleo, que recuam nos negócios da manhã. Como resultado,
destacavam-se em baixa nos mercados acionários europeus, por volta das
8h (de Brasília), os papéis de mineradoras como Glencore (-2,45%), Rio
Tinto (-2,71%) e BHP Billiton (-2,82%) e de petrolíferas, incluindo a
espanhola Repsol (-1,65%), a britânica BP (-0,75%) e a francesa Total
(-1,42%).
As perdas na Europa, no entanto, podem estar sendo limitadas por
comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
Durante uma conferência bancária em Frankfurt, Draghi disse mais cedo
que a recuperação econômica da zona do euro ainda depende em grande
medida das medidas de estímulo do BCE.
"Nós não podemos ainda baixar a guarda", alertou Draghi, sugerindo que o BCE poderá intensificar suas medidas. Segundo Draghi, ainda há "significativo grau de incerteza" para a
economia da zona do euro e as políticas do BCE são um ingrediente
crucial para impulsionar a inflação, que continua muito abaixo da meta
oficial, de taxa ligeiramente inferior a 2%.
Às 8h22min (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,57%, enquanto
Paris recuava 0,42% e Frankfurt cedia 0,14%. Entre mercados europeus
considerados periféricos, Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 1,75%,
1,42% e 0,46%, respectivamente. No câmbio, o euro se enfraquecia a US$
1,0606 e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2412.
A Volkswagen era exceção positiva, após anunciar planos de cortar
até 30 mil empregos nos próximos cinco anos, 23 mil deles apenas na
Alemanha. Em Frankfurt, a ação da montadora alemã subia cerca de 0,4%,
após iniciar o pregão em alta de 2%.
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