A participação do Brasil na 68ª Feira do Livro de Frankfurt superou
expectativas de negociações, com a comercialização de US$ 620 mil em
exportação de direitos autorais e livros físicos, durante o evento e
previstos para os próximos 12 meses. Com 30 editoras brasileiras, o
valor negociado superou a previsão de US$ 550 mil, e cresceu 24 % em
relação a 2015, quando o evento gerou US$ 500 mil em negócios.
Por meio do Brazilian Publishers, projeto de fomento às exportações
do conteúdo editorial brasileiro fruto de parceria entre a Câmara
Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), os profissionais do mercado
editorial brasileiro entraram em contato com mais de 30 países e
realizaram mais de 800 reuniões em apenas cinco dias de evento.
O Brasil estreitou relações com países estratégicos para o setor,
como: França, EUA, Chile, Argentina, Alemanha, Colômbia, México,
Portugal e Peru. “Participar de eventos internacionais é primordial para
o setor editorial brasileiro apresentar produtos e fazer negócios com
profissionais de todo o mundo. É em eventos como esse que conseguimos
dar visibilidade para o nosso país em termos de negócios”, afirma Luís
Antonio Torelli, presidente da CBL.
O país foi ainda um dos convidados para participar do “The Markets”,
evento anual criado para discutir o funcionamento do setor em diferentes
locais do mundo. A Feira do Livro de Frankfurt contou com a palestra
“Reading Brazil”, sobre o mercado editorial brasileiro, ministrada por
Karine Pansa, ex-presidente e atual diretora internacional da CBL, além
de diretora editorial da Girassol Brasil. Outros grandes nomes do
mercado editorial brasileiro também se apresentaram, mostrando um pouco
mais do setor no país: Miriam Gabbai, da Callis; Mariana Warth, da
Pallas - profissionais que, assim como Karine Pansa, fazem parte do
Brazilian Publishers, além de Tomás Pereira, da Sextante e Claudio
Lensing, da Somos Educação.
Durante a Feira de Frankfurt, a CBL e a Emirates Publishers
Association (EPA) oficializaram a participação de Sharjah como país
homenageado da 25ª edição da Bienal Internacional de São Paulo, em 2018.
O acordo foi assinado em um encontro entre Sua Alteza, o Sheikh Dr.
Sultan Bin Muhammad Al Qasimi, membro do conselho supremo dos Emirados
Árabes Unidos e governante de Sharja e Luis Antonio Torelli, presidente
da Câmara Brasileira do Livro, na presença da Sheikha Bodour Bint Sultan
Al Qasimi, Fundadora e Presidente Honorária da Emirate Publishers
Association (EPA), Fundadora e CEO da Kalimat Group e de executivos da
CBL.
A conversa entre o Brasil e o Emirado de Sharjah, com o objetivo de
estreitar a relação entre seus mercados editoriais, começou na Feira de
Livro de Londres, em 2015. Com grande população de imigrantes árabes,
cerca de 12 milhões, o Brasil é considerado pela Emirates Publishers
Association um dos principais mercados-alvo dos Emirados Árabes, logo
atrás da Argentina com 3,5 milhões de imigrantes árabes, e o México com 1
milhão.
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