A greve na Receita Federal atinge níveis alarmantes nos principais terminais de carga do país, com os produtos expostos às intempéries vinte anos depois do "boom" de importação vivido nos anos noventa no Brasil. O cenário lamentável assusta quem trabalha com o comércio exterior e traz na memória o caos de então.
Durante alguns anos, após o início do crescimento desenfreado das
importações brasileiras à época, as cargas ocupavam os espaços
destinados ao estacionamento dos aviões, nos pátios dos aeroportos.
Caixas eram perdidas nos espaços, A chuva e o vento se incumbiam de
acabar com o que sobrava.
Os aeroportos, administrados pela Infraero
naquele longínquo período, não conseguiam atender à demanda e construir
os armazéns para abrigar a carga excedente, por conta da falta de
agilidade necessária, que esbarrava no engessamento das licitações
enquanto empresa pública.
O cenário nesta quinta-feira, 03/11/16, no Aeroporto de
Guarulhos (foto), fez lembrar os anos 90. Mas, desta vez, o motivo era
diferente: a greve da Receita Federal. “Todos os importadores – e também a categoria dos Despachantes
Aduaneiros que os representam – estão com um prejuízo muito grande.
O
aeroporto de Guarulhos não tem mais condições de armazenar a carga.
Esperamos que esse movimento termine o mais rápido possível”, alertou na
tarde de ontem, 03/11, Marcos Farneze, presidente do Sindasp –
Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo. Por conta do movimento grevista, cargas foram flagradas nos pátios de aeronaves, tal qual nos anos 90. (Fonte: Portal LogNews)
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