O Ministério dos Transportes cumpriu o acordo e liberou este mês o que
ainda faltava dos recursos atrasados para a obra dos berços 3 e 4, no
Porto de Itajaí, no Norte de Santa Catarina. No entanto, a construtora Serveng, responsável pelos
trabalhos, ainda não retomou a empreitada.
Segundo a superintendência do Porto de Itajaí, a empresa só vai
mobilizar o canteiro de obras depois que o governo federal assinar um
aditivo de contrato, com mais prazo para conclusão dos trabalhos e
recursos extras. A verba liberada pelo ministério este mês, cerca de R$ 4
milhões, cobriu apenas o saldo dos serviços executados entre outubro e
novembro do ano passado.
A obra, que já deveria ter terminado, chegou a ter 300 pessoas
empregadas e foi paralisada em junho por falta de pagamentos. Para
retomar os trabalhos a construtora ainda terá que recontratar mão de
obra.
A reforma dos berços é importante porque vai garantir que, ao invés
de quatro berços separados, o porto tenha um grande cais de atracação
com mais de mil metros de extensão, espaço suficiente para receber os
maiores navios cargueiros que atuam na costa brasileira.
No caso do berço 3, terminar as obras será rápido, já que falta
apenas a instalação de defensas. Já o berço 4 tem um desafio pela
frente: uma laje submersa que não constava no projeto inicial. Esse
entrave levou a adequações que elevaram em R$ 26 milhões o orçamento da
obra.
Depois de pronta, a obra terá que passar por concessão — o que
promete ser outra novela. A APM Terminals, atual arrendatária do
terminal, quer incorporar o espaço ao seu contrato. O prefeito eleito de
Itajaí, Volnei Morastoni (PMDB), entretanto, defendeu durante a
campanha eleitoral um outro modelo de operação, voltado para cargas
gerais.
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