segunda-feira, 28 de março de 2016

Retirada de retenções às importações possibilita superávit de US$ 98 milhões na balança comercial argentina

         Os primeiros reflexos positivos da retirada das retenções às importações decretada há três meses pelo governo do presidente da Argentina, Maurício Macri, começaram a ser sentidas. A balança comercial do país registrou em fevereiro superávit de US$ 98 milhões, quebrando uma série de três meses de resultados negativos. Os produtos primários e manufaturados de origem agrícola puxaram as vendas externas, que vinham perdendo espaço desde 2008, quando o governo de Cristina Kirchner passou a taxar as exportações desses itens.
         Segundo dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), o faturamento dos embarques cresceu 7% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015. Em volume exportado, o incremento foi de 25%. Os impactos do modelo pró-mercado adotado por Macri devem ficar ainda mais evidentes em março e abril, quando ganhará força a colheita de soja nas lavouras argentinas.
         Em dezembro do ano passado, o presidente argentino zerou as tarifas de exportação de produtos como trigo, milho e carnes, que chegavam a pagar mais de 20% de impostos nas vendas externas. A soja teve a taxa reduzida de 35% para 30%, com a promessa de baixa progressiva a cada ano até a elimnação total em 2022.
         As importações argentinas também tiveram alta em fevereiro. O faturamento cresceu 1%, com alta de 17% no volume importado. O destaque ficou por conta da compra de veículos, que aumentou 30% no mês. O Brasil foi diretamente beneficiado, por ser o principal parceiro comercial do país vizinho, ao lado da China. Os argentinos sempre tiveram relações comerciais fortes especialmente como o Rio Grande do Sul, principalmente na compra de máquinas agrícolas e na venda da produção de trigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário