quarta-feira, 16 de março de 2016

Taxas de juros voltam a subir com indefinição política no Palácio do Planalto

         Os juros futuros voltaram a subir nesta quarta-feira (16) em meio à informação de que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, poderia deixar o cargo, caso se confirmasse o ingresso de Luiz Inácio Lula da Silva no governo Dilma Rousseff. A aceitação do convite pelo ex-presidente implicaria na implementação de uma minirreforma ministerial, condição que teria sido imposta por ele para participar do ministério, disseram fontes de Brasília.
         O substituto potencial de Tombini seria Henrique Meirelles, que presidiu o Banco Central no governo de Lula. Segundo as mesmas fontes, ele seria um nome da confiança de Lula e que o PT já chegou cogitar para o Ministério da Fazenda, no início do governo Dilma. Procurado, o BC garantiu que Tombini prossegue com sua agenda normal de trabalho, de acordo com a assessoria de imprensa.
        Lula tomou café da manhã com a presidente Dilma no Palácio do Planalto e pode anunciar até o final da tarde de hoje se aceita integrar o atual governo. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, citado na delação premiada de Delcidio Amaral, que também denunciou o ex-presidente Lula, Dilma e o senador Aécio Neves, agravando ainda mais a crise política, também participou do café.
         O compasso de espera no mercado se justifica ainda pelo julgamento, que ocorre à tarde, dos embargos de declaração do rito do impeachment pelo Supremo Tribunal Federal (STF), apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), previsto para hoje. Às 9h58min, o DI para janeiro de 2017 indicava 13,90%, ante 13,870% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2018 apontava 13,97%, de 13,82%. O DI para janeiro de 2021, por sua vez, estava em 14,92%, ante 14,60% no ajuste anterior.

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