O departamento comercial dos Estados Unidos informou em nota oficial que o OFAC (Office of Foreign Assets Control), o escritório
que rege as relações internacionais do Tesouro dos Estados Unidos, em
conjunto com o departamento comercial do BIS (Bureau of Industry and
Security), anunciou emendas significativas sobre os controles
determinados na regulamentação de intercâmbio com Cuba. Ainda no início
deste ano, o Departamento de Transportes dos Estados Unidos havia
assinado um acordo com Cuba, permitindo a execução dos serviços aéreos
entre os dois países, com aumento significativo das permissões de
viagens para cidadãos de ambos os países.
O novo acordo expande também aos cubanos o acesso às instituições
financeiras dos Estados Unidos, bem como acesso à moeda americana em
Cuba, além de realizar declarações formais de ganhos junto ao fisco. Em
2014, o presidente Obama havia publicado medidas que já delineavam a
intenção de diminuir embargos. As medidas já estão em vigor a partir de
ontem (16 de março).
Entre as regras que permeiam o comércio dos dois países, estão a
expansão da autorização da “presença física”, ou seja: possuir um
escritório, loja ou armazém ligados a entidades que tenham vínculos com
projetos sociais sem fins lucrativos para auxílio ao povo cubano;
autorização de “presença comercial” (como joint ventures), incluindo
exportadores de mercadorias autorizadas no código de comércio exterior
com Cuba, ou isentas, entidades que prestam serviços de entrega expressa
ou couriers, e prestadores de serviços de transporte e viagens que
facilitem as transações autorizadas.
No âmbito da tecnologia, a OFAC expande as atuais regras de importação
de produtos cubanos, antes restritas a aplicativos, agora permitidas
para softwares também.
Os embarques de cargas em navios também estão permitidos: as cargas
autorizadas poderão ser transportadas dos Estados Unidos para Cuba, para
então serem dirigidas a outros países, em presença de outras
mercadorias adicionais, carregadas nos Estados Unidos. No setor privado
cubano, o BIS relata que estudará caso a caso a política de licenças de
exportações e re-exportações de itens que deverão facilitar as
exportações de produtos cubanos produzidos pela indústria privada.
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