O jornal
britânico "The Independent", cujas vendas desabaram nos últimos anos, circulou neste sábado pela última vez em papel. A partir desse domingo passou a ser oferecido exclusivamente numa versão digital para enfrentar a crise da
imprensa. A direção da empresa garantiu que os 150 jornalistas terão seus empregos preservados.
Na sexta-feira à noite, os jornalistas enviaram a edição para a gráfica
pela última vez. O diário londrino chegou a ter tiragens de 420 mil exemplares diários nos anos noventa. Contudo o número começou a cair de forma acelerada nos últimos dez anos, até bater nos 40 mil, inviabilizando a impressão.
Ao mesmo tempo, a edição on line cresceu vertiginosamente, alcançando 70 milhões de acessos mensais. Além disso, o "The Independent" digital igualmente apresenta receita em publicidade crescente e lucrativa, ao contrário do que vinha acontecendo com a versão impressa, cujo número de anunciantes diminuía a cada ano.
A decisão do jornal inglês, segundo especialistas em mídia, indica uma tendência que deve se acentuar, com o fechamento em efeito dominó de publicações impressas em todo o mundo. O fenômeno atinge os mais diversos segmentos e começa a se confirmar, inicialmente, nos países mais desenvolvidos. Mas os mesmos analistas acreditam que ele deverá se repetir no resto do mundo nos próximos anos.
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