O
diretor-superintendente administrativo da
Portonave, terminal portuário de Navegantes (SC), Osmari de Castilho Ribas, comparou os dias de hoje com a crise
de 2008 de formas muito distintas. Apesar das semelhanças quanto à severa retração da economia, ele destacou que hoje o mercado está muito mais competitivo, o que
exige mais planejamento.
Segundo Osmari, diferente da crise de 2008, a crise atual
envolve de forma mais intensa os temas políticos, que refletem
diretamente na economia. Apesar disso e das mudanças que aconteceram
desde então, é preciso ponderar sobre o que aconteceu e quais lições
foram aprendidas. “Estamos mais experientes e, mesmo com as dificuldades
atuais temos conseguido seguir adiante e melhorar o resultado do
negócio”, ponderou o executivo.
“Em 2008, estávamos iniciando as nossas operações e, além do cenário
econômico, em nossa região, o drama na vida das pessoas provocado pelas
enchentes foi muito impactante. Tivemos que superar a crise econômica,
nos preocupar com as pessoas e as restrições operacionais. Procuramos,
nessas ocasiões, manter a confiança, buscar oportunidades e definir
estratégia para retomar o ritmo de atividades de maneira rápida. O
investimento para a implantação naquela ocasião havia sido concluído e
agora terminamos a nossa ampliação”.
Na avaliação d executivo, investimentos como o PIL, por
exemplo, na sua essência, visam criar condições para estimular
investimentos em infraestrutura que viabilizem a retomada do crescimento
de forma consistente. “O cenário econômico atual interfere diretamente
nas decisões de investimentos e o mercado portuário especificamente
experimenta importantes mudanças também com a edição da Lei 12.815”.
No novo ciclo proposto pelo PIL, e com a atual conjuntura, ele
destaca ainda a necessidade de se estimular, sobretudo, uma regulação
que de segurança ao investidor, linhas de financiamento compatíveis e
agilidade nos processos de concessões e autorizações. “Assim será
possível vislumbrar algo mais à frente, incorporar premissas que
sustentem os planos de negócios com taxas atrativas e permitam tomar
riscos em empreendimentos de longa duração”, acrescentou Osmari..
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