As exportações da indústria
de transformação no Rio Grande do Sul voltaram a crescer em fevereiro
(3%), na comparação com o mesmo período de 2015, depois de dois meses consecutivos de queda. Ao todo, os embarques
do setor somaram US$ 749 milhões. Isso se explica, em parte, pelo fato
de o mês possuir um dia útil a mais este ano.
Mas ao considerar o
cálculo da média exportada, ponderada pelo número de dias úteis, os
manufaturados registraram queda: -2,4%. Utilizando a mesma métrica, o
resultado regional foi pior em relação ao Brasil, onde houve avanço de
5,5%.
Já as vendas externas totais gaúchas tiveram uma retração de 1,7%,
e alcançaram US$ 859 milhões, o que coloca o Estado na sexta colocação
do ranking nacional, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso,
Paraná e Rio de Janeiro. Os dados foram divulgados ontem pela Federação
das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Dos 24 segmentos da indústria de transformação gaúcha que
registraram alguma operação de exportação no mês passado, a maioria (13)
cresceu, especialmente celulose e papel (575%) - resultado da ampliação
da capacidade da Celulose Rio Grandense (CMPC), em Guaíba, cuja nova
fábrica começou a operar em maio de 2015 -; produtos químicos (20,7%);
couro e calçados (26,1%) e tabaco (10,1%).
Houve, porém, fortes reduções
em segmentos de importante contribuição à economia do Estado, caso de
produtos alimentícios (-17%); veículos automotores, reboques e
carrocerias (-20,6%) e máquinas e equipamentos (-20,7%). Em relação aos
alimentos, as perdas coincidem com o forte aumento das vendas do
complexo soja da Argentina, provocadas pela redução de impostos e
desvalorização da taxa de câmbio promovidas pelo governo daquele país.
As importações também registraram diminuição: -11,5%, somando US$
732 milhões, o valor mais baixo desde 2009 (US$ 594 milhões). Apenas a
categoria de combustíveis e lubrificantes, com acréscimo de 15,1%, não
sofreu diminuição. Os segmentos ligados à indústria - bens de capital e
intermediários - registraram perdas de 20% e 13,8%, respectivamente.
Ao longo dos dois primeiros meses do ano, as exportações totais
caíram 9,3% (US$ 1,67 bilhão), enquanto a indústria reduziu 5,2% (US$
1,53 bilhão). O principal destaque negativo fica por conta dos produtos
alimentícios (-25,1%). Celulose e papel cresceu 814,3% no acumulado
entre janeiro e fevereiro.
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