O
Diretor Superintendente do TCP, o Terminal de Contêineres de Paranaguá,
Juarez Moraes e Silva, disse que se 2016 está difícil para o comércio exterior, é necessário olhar para o histórico e tentar compreender a trajetória que colocou a economia no estágio em que nos encontramos no momento “Com a queda de 50% verificada nas importações
do último trimestre, que levaram o ano passado a fechar com 30% de
declínio, as atividades do setor tiveram de se reinventar, buscando
alternativas logísticas para incremento da exportação”.
Segundo ele, das alternativas se refere foi o
desenvolvimento do serviço de conteinerização de grãos, em substituição
ao método de transporte graneleiro. O TCP hoje carrega 90% da carga em contêineres, o que gera qualidade e agilidade para os
exportadores, além de aumentar a vantagem comercial competitiva, uma vez
que, ao oferecer a possibilidade de segregação dos grãos com maior ou
menor valor proteico (que significa maior ou menor valor comercial), a
comercialização fica mais eficiente e o produto, mais lucrativo.
“O
volume de grãos transgênicos (com menor de teor proteico) é cada vez
maior, e os navios graneleiros não permitem que se trabalhe com linhas
de produtos segregados”, diz Juarez.
Outro problema enfrentado pelo transporte em granéis são as condições
climáticas, que deixam a carga exposta e podem danificar o
carregamento, além da demora no embarque dos grãos causada pelo tempo, o
que gera o aumento nos custos operacionais para o cliente, acrescenta o
diretor Superintendente Comercial da TCP.
A movimentação de cargas também pode ser um problema no embarque
feito em graneleiros, uma vez que a carga sofre perdas no próprio
manuseio. A TCP garante que, ao optar pelo transporte em contêineres, o
embarcador tem menos perdas decorrentes da a movimentação e a perda
“tende a ser zero, uma vez que, embarcado em um contêiner, o grão não
será mais descarregado até chegar ao destino final, o que garante maior
rastreabilidade do produto e menor índice de quebra”, de acordo com a
assessoria de comunicação do Terminal.
O transporte por contêiner também oferece custos operacionais e
logísticos mais atrativos, garante o diretor do TCP, que avalia que a
média de economia chegue a 15% na comparação com o granel. “Esse valor
pode ficar até 25% mais competitivo se o contêiner for levado até o
porto por modal ferroviário”, enfatiza o diretor.
Hoje, o Terminal de Contêineres de Paranaguá exporta grãos de
produtores do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que têm
seus negócios, principalmente, com países de toda a Ásia e Europa. A
carga chega ao terminal pela ferrovia, porém, em épocas de safra,
precisa contar com um apoio logístico forte do transporte rodoviário,
realizando a ova dos contêineres no próprio terminal antes do embarque.
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