quarta-feira, 30 de março de 2016

SEP suspende leilão de áreas portuárias no Estado do Pará


          O ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Helder Barbalho, suspendeu o leilão de portos previsto para o Estado do Pará. Ele alegou o momento delicado da economia brasileira, áreas sem atrativos para investimentos e problemas técnicos, entre outros motivos.
          Seria o segundo leilão portuário, que aconteceria nesta quinta-feira (31) na sede da Bovespa em São Paulo, desde o anúncio de novas rodads de privatizações de áreas privadas, feitos pelo governo no ano passado. Apesar do argumento da SEP e do o modelo de concessão ser dispendioso, a região Norte vinha recebendo visitas de interessados nos seis lotes que seriam oferecidos no estado.
         A esperança da região concentrava-se no fato de que alguns investidores poderiam se interessar pela oportunidade, uma vez que a crise e o câmbio estariam fazendo com que os ativos brasileiros parecessem mais atrativos a empresas estrangeiras e grandes exportadores nacionais.
          A explicação oficial da Antaq para a suspensão do leilão foi de que o sistema da agência reguladora não teve êxito em apresentar todos os esclarecimentos necessários, o que gerou falta de resposta aos questionamentos enviados por consórcios interessados.
          De acordo com a agência, 48 pedidos de esclarecimentos ficaram sem resposta por problemas de informática. Em nota também oficial, a SEP (Secretaria Especial de Portos) afirma que o novo cronograma dos eventos relacionados aos procedimentos licitatórios em questão será publicado posteriormente, “culminando com a sessão pública dos leilões nos próximos 30 dias”. Outro motivo especulado pelo mercado seria que a Antaq já está sem um de seus diretores há mais de um mês, o que estaria gerando “desconforto” à agência.
          Segundo a Agência Estado, uma fonte do setor privado que atua no segmento portuário afirmou que o timing é desfavorável para esse tipo de operação. “O momento do mercado e do agronegócio mundial é conservador”, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
          Outro ponto de vista que vem sendo considerado, mencionado é de que o momento de desvinculação do PMDB com o governo levou incertezas ao leilão. É de se lembrar que este é o partido do atual ministro dos Portos, Helder Barbalho, que, junto com o ministro de Minas e Energia, comunicou à cúpula do partido que deve entregar o cargo em algumas semanas, visto que têm “projetos em andamento em suas respectivas pastas”.









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