As operações de cargas do Aeroporto de Bruxelas foram totalmente liberadas e devem voltar ao normal mais rapidamente do que o esperado, segundo as autoridades da Bélgica. As movimentações foram suspensas depois das
explosões ocorridas no terminal de passageiros na quinzena passada, provocadas por terroristas do Estado Islâmico, que deixou 30 mortos.
O diretor de Cargas e Marketing do Aeroporto, Steven
Polmans, confirmou que as operações de cargas já estavam sendo
viabilizadas desde a tarde da quinta-feira (24 de março), quando
conseguiram liberar os primeiros voos. A maioria das transportadoras
foram retomando suas atividades normais nestes últimos dias, de forma
que hoje praticamente já normalizamos as atividades.
Além das companhias aéreas que operam carga geral, os voos all-cargo operados pela DHL no aeroporto também foram restabelecidos na última semana, e voltam a operar normalmente. Mas, sem a operação de voos de passageiros, a falta de disponibilidade
para cargas que normalmente viajam nos porões das aeronaves foi
bastante evidente, e vários clientes precisaram fazer uso de outros
aeroportos europeus para compensar os serviços interrompidos em
Bruxelas.
“Esperamos retomar os voos de passageiros até o final desta semana, se
conseguirmos providenciar a reabertura do aeroporto”, afirmou Polmans,
reconhecendo que estão cientes da transferência de cargas para outros
aeroportos da região por via rodoviária, de modo que a suspensão dos
serviços não chegou a ser um problema para os usuários do aeroporto.
“Porém não há dúvidas de que os volumes estão se acumulando, o que deve
continuar nas próximas semanas”, reconhece o diretor do aeroporto.
Na última quinta-feira, a administração do aeroporto começou a erguer
uma estrutura provisória para ser utilizada como terminal de
passageiros, incluindo as novas medidas de segurança que estão sendo
implantadas em todos os aeroportos da Bélgica sob as ordens do governo
do país.
Em declaração oficial feita no domingo, o aeroporto divulgou que vem
realizando análises extensivas na infraestrutura do terminal, estudando
vários cenários possíveis para o reinício parcial das atividades. A data
da retomada, no entanto, não está definida ainda. Ela depende de uma
série de procedimentos que precisam ser restabelecidos, o que não é
possível em meio à estrutura devastada como está.
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