A Receita Federal assinou um plano de trabalho para
facilitar o comércio exterior entre Brasil e Uruguai. De acordo com o
órgão, esse é o primeiro passo para a assinatura do
Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) dos Programas de Operador Econômico
Autorizado (OEA) entre os dois países.
O órgão informou
que a intenção dos dois países ao assinarem o termo é facilitar e
incrementar a relação comercial existente entre eles. Para o
Brasil, o objetivo é atrair novos investimentos à economia, aumentar a
segurança das operações de comércio exterior e aprimorar os controles
aduaneiros por meio da gestão de risco.
O Fisco esclareceu ainda
que os ARM são acordos bilaterais celebrados entre países que tenham Programas de OEA compatíveis, e que reconheçam como de baixo risco os
operadores certificados no outro país. São necessários critérios de
segurança física da carga e cumprimento da legislação tributária e
aduaneira exigidos para a certificação e os procedimentos adotados para a
validação e monitoramento destes operadores sejam similares.
O diretor nacional de Aduanas da República Oriental do Uruguai, Enrique
Canon, disse que os Acordos de Reconhecimento Mútuo são vantajosos para as
aduanas dos dois países porque diminuem o retrabalho dos fiscos e
simplificam as operações internacionais, proporcionando agilidade aos
operadores de baixo risco.
Na avaliação do subsecretário
substituto de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, José
Carlos de Araújo, os Programas da OEA são fundamentais para incrementar a
gestão de risco nas operações aduaneiras e a adoção de padrões
internacionais de segurança.
O Brasil já tem acordos de
facilitação de comércio com a Argentina e, no ano passado, o secretário
da Receita, Jorge Rachid, e o encarregado de negócios da embaixada
norte-americana, Andrew N. Bowen, também assinaram um Plano de Trabalho
Conjunto para iniciar o processo em busca de um ARM entre o Programa
Brasileiro de OEA e o Programa C-TPAT dos EUA, país que é o segundo
maior destino das exportações brasileiras.
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