A Associação Internacional de Proteção a Bens Transportados, TAPA, na
sigla em inglês, informou que o ano de 2015 foi marcado pelo aumento da
conscientização sobre os crimes de roubo a cargas, principalmente nas
regiões da EMEA (Europa, Oriente Médio e África). Com o aumento das
ocorrências registradas, as autoridades policiais locais da maioria dos
países europeus passaram a compartilhar dados com a associação, numa
iniciativa de cooperar com o aumento da segurança da cadeia de
suprimentos da indústria e seus prestadores de serviços de logística.
Com uma elevação de 37,4% de ocorrências registradas em 2015, em relação
ao ano anterior, Thorsten Neumann, presidente da representação regional
da TAPA, reconhece que o número de crimes relatados de fato à ONG é
inferior à realidade. A discrepância se dá, principalmente, porque
muitas vezes os roubos são considerados como ocorrências locais, e
tratados individualmente por cada autoridade regional, de modo que se
torna mais difícil a extração dos dados especificamente ligados às
perdas da cadeia de suprimentos.
“Esta atitude, no entanto, vem mudando
e, em 2015, recebemos um número recorde de relatórios de inteligência
enviados pelas autoridades regionais, o que nos ajuda bastante a
desenhar com mais precisão o cenário do crime contra a carga na região”.
A associação estabelece parcerias com agências regulatórias em diversos
países da EMEA onde os ataques são significativamente maiores, com mais
números de incidências reportadas ao serviço de informações IIS
(Incident Information Service).
O grupo inclui países como a Alemanha,
França, Itália e África do Sul. Como parte da orientação aos players, a
associação sugere, entretanto, que os prestadores de serviço não
considerem que o baixo índice de ocorrências signifique menor risco para
a carga: muitas vezes, o status do país é de pouca ocorrência
simplesmente por falta de compartilhamento de dados.
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