O ministro dos Portos, Helder Barbalho, tem se esforçado para definir as
poligonais e liberar as licitações dos terminais portuários para
movimentar os investimentos privados e públicos no Arco Norte. De acordo
com o especialista em logística e infraestrutura, Luiz Fayet, a medida
garantirá ao país, em 10 anos, um equilíbrio entre a oferta de soja e
milho e a capacidade de movimentação de carga nos portos brasileiros.
“Com a definição das poligonais, os investimentos privados para a
construção de TUPs tornam-se possíveis, e, com a construção do Terminal
Público de Outeiros possibilitarão a diminuição do “Custo Brasil” para a
exportação das safras localizadas nas novas fronteiras: Mato Grosso,
Brasília e Bahia, principalmente”, explica.
Atualmente, a maior parte da plantação de soja e milho destas regiões é
transportada via rodovia até o Porto de Santos, o que segundo ele, causa
gastos de cerca de US$ 130,00 a US$ 140,00 por tonelada para exportar
pelo Sudeste. “Ao fazermos pelo Norte, conseguiremos diminuir entre US$
50,00 e US$ 60,00 esse custo”, aponta.
Segundo Fayet, os maiores beneficiados com a ampliação da capacidade dos
portos do Arco Norte serão os produtores e exportadores de milho. “Além
disso, beneficia-se também toda a cadeia de prestadores de serviços e
equipamentos para infraestrutura portuária, que deverá testemunhar um
aumento na demanda por soluções aplicadas à operação nos portos e
terminais”, finaliza.
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