As exportações brasileiras de café atingiram 36,5 milhões de sacas no ano passado, com destaque para o tipo arábica, que chegou a 17,9 milhões de
sacas, apresentando o melhor desempenho dos últimos cinco anos. Os
números foram fechados em janeiro pela equipe de estatística do
CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e ficaram muito próximos dos 36,4 milhões de sacas vendidos em 2014.
Apesar do volume de exportações tenr se mantido estável com ligeiro
crescimento, devido à desvalorização cambial, a receita com as vendas externas sofreu queda de 7% se comparado a 2015, e de 30% na
comparação com os valores praticados em 2011.
Já as vendas do mês de janeiro ficaram em 2,7 milhões de sacas, 11,5% a
menos do que o total de exportações do mesmo mês em 2015 (3,05 milhões
de sacas), o que “já era esperado, pois as condições climáticas
desfavoráveis interferiram na produção, afetando diretamente as
exportações neste 2º semestre do ano-cafeeiro 2015/2016”, contou Nelson
Carvalhaes, presidente do CeCafé. “A expectativa, contudo, é muito
otimista. O Brasil já representa quase 40% do consumo mundial de café –
seja para o mercado externo ou suprindo a demanda interna”, calculou.
O CeCafé espera que, a partir do início do próximo ano-safra (em
julho), a tendência seja de retomada intensa das exportações. “Temos
estoques baixos no Brasil, pois tudo que é produzido é vendido. A
demanda é crescente e, ao longo da próxima década, o país precisará
produzir cerca de 12 milhões de sacas a mais, pois sabemos que, além do
consumo estar em uma curva ascendente, nossa fatia de participação
também dá sinais de crescimento, com a média anual de 2,4% do consumo
global a mais só nos últimos quatro anos”, acrescentou Carvalhaes. Os principais compradores do Brasil foram Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.
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