A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou projeto de emenda constitucional que desobriga a realização de plebiscito para venda ou extinção da Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns). A medida deixou o caminho livre para o governo do Estado executar o plano que tenha traçado para o órgão, seja qual for.
Oficialmente, o discurso do executivo estadual é que haverá um enxugamento, eliminando estruturas desativadas ou economicamente inviáveis. "Não é uma extinção e, sim, uma transição. Vamos diminuir o tamanho", disse o presidente da companhia, Carlos Kercher.
Duas unidades da Cesa já estão no mercado: a de Júlio de Castilhos e a de Santa Rosa, ambas para arrendamento. Nesta semana, novo edital deve sair, para a de Nova Prata. No total, são cinco plantas desativadas e 18 em funcionamento.
A prioridade seria tentar negociar as que não estão mais em uso, nas cidades de Nova Prata, Santa Bárbara, Caxias do Sul, Estação e Passo Fundo. Entre as com atividades, há uma classificação em três grupos: sem retorno financeiro, com desempenho mediano e com performance positiva. Esta última é o caso das unidades portuárias de Rio Grande, Porto Alegre e Estrela.
"Não há prazo limite, mas uma previsão de acelerar o processo. A ideia é ter um número de unidades para que a Cesa possa ser autossuficiente para a prestação de serviços", destacou Kercher. Até a metade de 2017, a nova forma deverá ser conhecida, adiantou ele.
A companhia tem passivo de cerca de R$ 500 milhões, ao qual serão acrescidos R$ 227,6 milhões de ações referentes ao piso salarial, que a empresa tenta negociar e 200 funcionários, sendo 58 concursados.
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