O grupo chileno CMPC, em dos maiores fabricantes de papel e celulose da América Latina, pediu à presidente Dilma Rousseff, mudanças na lei que regulamenta a compra de terras no Brasil por estrangeiros.
Os chilenos controlam a Celulose Riograndense (foto), que acaba de concluir investimento de US$ 5 bilhões, incluindo a expansão da sua planta industrial, em Guaíba (RS).
Presente ao encontro, em Santiago, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, declarou que o governo "vai tentar achar uma saída" para a reivindicação.
"Trata-se de uma empresa constituída no Brasil e cujos investimentos e futuro estão muito associados à capacidade de expansão da sua base física. E, no caso da celulose, não há como produzir sem terras para o florestamento par a matéria-prima", comentou o ministro.
A legislação brasileira que trata da venda de terras a estrangeiros é da década de 70. Um parecer da AGU (Advocacia Geral da União) tornou o processo mais flexível entre 1994 e 2010. Mas, nesse ano, um novo parecer da AGU revogou o anterior.
O diretor da CMPC, García Balmaceda, disse ter saído satisfeito do encontro com Dilma e que garantiu à presidente que, apesar da crise econômica brasileira, o grupo permanecerá no país e inclusive tem planos de expansão.
A CMPC opera com a capacidade da unidade praticamente esgotada mesmo com a duplicação da fábrica, que elevou a produção de 450 mil para 1,8 milhão de toneladas anuais. O conglomerado atende o mercado interno e ainda exporta para diversos países.
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