A Expodireto Cotrijal, que será realizada em março, em Não-Me-Toque (RS) está despertando o interesse de forma mais significativa este ano das indústrias de máquinas e implementos agrícolas. Com as vendas em baixas, elas esperam que a ministra da Agricultura Kátia Abreu aproveite a mostra para apontar alguma medida que reaqueça as vendas do setor.
"A expectativa é de que ela anuncie alguma coisa nova", destacou o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier. Em passagem recente pelo Estado, o secretário de Política Agrícola do ministério, André Nassar, revelou que há um trabalho sendo feito na tentativa de ampliar o crédito para a compra de equipamentos.
A preocupação das fabricantes com o ritmo lento de vendas reflete a combinação de recursos limitados para o Moderfrota - R$ 1,5 bilhão até junho, com a implementação da TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo) nos financiamentos do Finame Agrícola.
A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), em reunião recente, teria orientado as empresas a direcionarem os financiamentos dos médios produtores para as linhas do Pronamp. A ideia é desafogar o fluxo do Moderfrot. A quantia disponível seria de apenas R$ 1 bilhão.
Segundo Bier, é importante, mais do que o anúncio de valores extras, a derrubada da TJLP, que é reajustada a cada três meses. "O agricultor é traumatizado com juro que não é fixo", advertiu ele.
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