As bolsas europeias operaram em queda na manhã desta quarta-feira (24),
novamente diante da queda nas commodities, como o petróleo e o cobre.
Com isso, as ações de mineradoras e petroleiras foram pressionadas, em um
dia sem indicadores importantes no continente.
O petróleo voltou a
recuar, após a Arábia Saudita descartar um acordo para reduzir a
produção da commodity e um dado de uma associação de refinarias dos EUA
mostrar alta expressiva nos estoques de petróleo dos EUA na última
semana. O American Petroleum Institute (API) informou que, em seu
levantamento, houve alta de 7,1 milhões de barris nos estoques dos EUA
na semana passada.
Às 12h30min (de Brasília), o Departamento de
Energia (DoE, na sigla em inglês) divulga o dado oficial de estoques
semanais nos EUA e analistas preveem alta de 2,4 milhões de barris. Além
disso, o representante do Iraque na Organização dos Países Exportadores
de Petróleo (Opep), Faleh al-Amri, disse mais cedo que é preciso chegar
a um acordo para reequilibrar o mercado, mas afirmou que seu país
continuará elevando sua produção da commodity. Entre as petroleiras
europeias, BP recua 2,40% em Londres.
A queda no petróleo
prejudica o apetite por risco, penalizando também o cobre. Os sinais de
cautela com a economia da China também prejudicam a demanda pelo metal.
Com isso, as mineradoras operam em queda: em Londres, Antofagasta opera
em baixa de 4,59%, Glencore de 6,98% e Anglo American, de 6,78%.
A
cautela também prejudicava as ações do setor bancário, com Barclays em
baixa de 2,02%, Lloyds recua 0,35% e Société Générale caía 1,12%. Na
Alemanha, as ações do setor automotivo eram pressionadas pela cautela
com a situação econômica. Volkswagen cai 5,02% e BMW recua 3,96%. A
fabricante de aviões Airbus, por sua vez, recuava 2,58% na Bolsa de
Paris, mesmo após divulgar balanço inicialmente bem recebido pelo
mercado.
Hoje, o presidente do Banco Central da Alemanha
(Bundesbank), Jens Weidmann, mostrou reservas sobre a possibilidade de
um relaxamento maior na política monetária para combater a inflação
fraca na zona do euro. Segundo Weidmann, também membro do conselho do
Banco Central Europeu (BCE) "seria perigoso simplesmente ignorar" os
riscos de mais longo prazo e os efeitos colaterais de um relaxamento
maior em uma política já bastante relaxada do BCE.
Às 8h53min (de
Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,51%, Frankfurt recuava 2,50% e
Paris tinha queda de 2,31%. No mercado cambial, o euro e a libra estavam
pressionados, com o cenário de cautela. Além disso, pesa a
possibilidade de que o Reino Unido deixe a União Europeia, o que levou a
libra mais cedo à mínima em sete anos. O euro caía a US$ 1,0963 e a
libra recuava a US$ 1,3894.
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