As principais bolsas europeias operam em alta na manhã desta
segunda-feira (22), beneficiadas pelo avanço de ações ligadas a
commodities, em meio à alta no petróleo e no cobre. O maior apetite por
risco apoia os mercados, após uma sessão positiva nos mercados chineses,
onde a Bolsa de Xangai avançou 2,4%.
O petróleo se destaca, com
alta na casa dos 3% em Nova Iorque e Londres, por volta das 8h45min (de
Brasília). A Baker Hughes informou na sexta-feira que o número de poços e
plataformas em atividade nos EUA recuou para o nível mais baixo desde
dezembro de 2009. Além disso, a estatal líbia National Oil disse que um
de seus campos de petróleo foi atacado e pegou fogo no fim da semana
passada. Atualmente, a Líbia produz menos de 400 mil barris por dia de
petróleo, cerca de um quarto de sua capacidade normal.
Há ainda a
expectativa sobre a possibilidade de um acordo entre grandes produtores
para cortar a oferta, a fim de equilibrar o mercado. O analista
Virendra Chauhan, da Energy Aspects, disse que as notícias vindas da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuam a
afetar o mercado.
Não se sabe, porém, se sairá o acordo para
congelar a produção nos níveis de janeiro. Países como Venezuela, Rússia
e Arábia Saudita defendem a iniciativa, mas isso dependerá da adesão de
outros produtores. O Irã, por exemplo, disse apoiar a medida, mas não
se comprometeu a fazer o mesmo, já que está gradualmente voltando a
produzir mais, após se livrar de sanções internacionais. Entre as
petroleiras europeias, BP tinha alta de 2,51% e Shell, de 2,37%.
O
cobre, por sua vez, subia nesta manhã com a expectativa de maior
demanda da China, principal consumidor do metal. A China anunciou que
reduziria a burocracia e os impostos para os compradores de casa,
medidas que entraram em vigor nesta sexta-feira. As mineradoras se
destacavam: Anglo American operava em alta de 7,59% em Londres, por
volta das 8h. BHP Billiton, que divulga balanço nesta noite, avançava
6,05% e Antofagasta, 4,16%.
Também nesta manhã, dados modestos
foram divulgados mais cedo. Na zona do euro, o índice de gerentes de
compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu de 53,6
em janeiro para 52,7 em fevereiro, no menor nível em 13 meses, ante
previsão de 53,3 dos analistas.
O dado fraco pode ser uma
notícia negativa, mas ao mesmo tempo eleva as apostas por mais estímulos
do Banco Central Europeu (BCE) em sua reunião de março, o que é
positivo para as bolsas. O PMI composto da Alemanha caiu de 54,5 em
janeiro para 53,8 na preliminar de fevereiro, no menor nível em sete
meses.
Às 8h49min (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,23%,
Frankfurt avançava 1,97% e Paris tinha alta de 1,64%. No câmbio, manhã
de queda para as divisas europeias: o euro recuava a US$ 1,1035 e a
libra operava em queda para US$ 1,4119, neste caso também diante da
cautela com as negociações do Reino Unido com seus parceiros da União
Europeia para seguir no bloco. Os britânicos devem votar o tema em 23 de junho e a possibilidade de uma saída do país da UE gera cautela entre investidores.
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