A Noble Agri, Nidera e Multigrain, com a entrada em operação de novos terminais construídos pela Hidrovias do Brasil, vão consolidar a presença nas rotas de escoamento de grãos pela bacia
amazônica a partir de julho. As companhias, que assinaram contratos de
longo prazo para utilizar a estrutura de escoamento, dão sustentação aos
investimentos da HB, sem impedir que a empresa possa
atender outros clientes.
O presidente-executivo da Hidrovias do Brasil, Bruno
Serapião, disse que os grãos começaram a ser recebidos entre fevereiro e março. “A
gente tem intenção de iniciar operação cheia a partir de julho”, adiantou. A ideia de todos os investidores é cortar custos de transporte ao
evitar um trajeto de mais de 2 mil quilômetros de caminhão entre a
principal região produtora de grãos do Brasil, no norte de Mato Grosso, e
os portos do Sul e Sudeste. O transporte hidroviário é mais
competitivo”, comparou Serapião.
A HB tem contratos com as três tradings, que são controladas por grupos
asiáticos, e se define como “operador logístico de bandeira branca” . A empresa está
finalizando a construção de um terminal fluvial no distrito de
Miritituba, no Pará, no encontro da BR-163 com o rio Tapajós, onde soja e
milho levados de caminhão serão colocados em barcaças.
De lá, os comboios seguem pelos rios amazônicos até Vila do Conde, no
município de Barcarena, na região metropolitana de Belém (PA), onde
haverá o embarque dos produtos em navios graneleiros, rumo ao mercado
internacional. Com investimentos de R$ 1,5 bi, incluindo obras em terra, além da
aquisição de barcaças e empurradores a expectativa é atingir melhores
resultados. Sem comentar sobre o volume que será embarcado pelos
terminais em 2016, Serapião, aponta que a expectativa é de atingir uma
capacidade de 6,5 milhões de toneladas ao ano, em até cinco anos.
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