quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Mapa negocia com Pequim aumento da exportação de suco de laranja para a China



         Maior produtor e exportador mundial de suco de laranja, o Brasil quer aumentar a participação do produto no mercado chinês. No ano passado, a China representou 3% das exportações brasileiras de suco de laranja, o que demonstra haver espaço para expandir as vendas. Por isso, a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensificou as ações para facilitar os embarques do produto para aquele país.
         Uma das principais negociações do Mapa com as autoridades chinesas era a revisão de limites microbiológicos para presença de bolores e leveduras no suco de laranja, iniciada em setembro de 2014. Elas se intensificaram ao longo do ano passado e resultaram na adoção de padrões utilizados pela maioria dos países importadores. Novos limites microbiológicos, anunciados pela China em janeiro passado, entrarão em vigor em novembro deste ano.
          Os novos padrões chineses substituem a regra “GB 17325-2005”. No documento “GB 17325-2015”, os níveis para bolores e leveduras foram modificados para até 100 CFU/ml, atendendo a demanda do Brasil. Anteriormente, o limite era abaixo de 20 CFU/ml.  Segundo a SRI, as exigências sanitárias mais restritivas da China, associadas a barreiras tarifárias, tiveram impacto negativo nas exportações do produto brasileiro. A participação do Brasil nas importações chinesas de suco de laranja caiu de 80% em 2011 para 65% no ano passado. 
         A China é o quarto maior mercado para o suco de laranja brasileiro, atrás da União Europeia, Estados Unidos e Japão. As exportações brasileiras totalizaram US$ 1,87 bilhão em 2015. Embora em valor tenha havido queda de 5% em relação a 2014, o volume exportado aumentou 4,1%, alcançando 2 milhões de toneladas.
         Para a China, o desempenho das exportações foi desfavorável, mostram os números da SRI. No mesmo período, as vendas brasileiras caíram 25,3% em valor (US$ 55,9 milhões) e 15,6% em volume (31 mil toneladas).

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