A Localfrio
registrou crescimento de demanda por armazenamento de cargas importadas em seus
terminais alfandegados nos portos de Suape (PE) e Itajaí (SC). A maior procura
pelo serviço decorreu da estratégia de importadores em retardar a
nacionalização de cargas para postergar o pagamento de impostos e outras taxas.
"Os importadores estão segurando a
internalização das mercadorias para ajustar o caixa e reduzir custos
tributários neste momento, mantendo suas cargas em terminais retroportuário
alfandegados", diz Thomas Rittscher, CEO da Localfrio. No terminal
alfandegado de Itajaí, a companhia registrou crescimento de 30% no número de
contêineres armazenados.
O volume passou de 700 unidades, em
fevereiro, para 920, em março. A expectativa é ultrapassar a marca de 1 mil
contêineres ainda em abril. "Vamos bater recorde de movimentação de contêineres
nesta unidade", prognosticou Rittscher.
Em Suape , a companhia ampliou sua
participação no volume total de contêineres descarregados no porto local,
saltando de 22% em fevereiro, para 30%, em março. "Ajustamos os períodos e
os valores cobrados de armazenagem, as condições operacionais, tudo para
facilitar, agilizar e auxiliar os clientes nesse duro período da
pandemia".
Além da otimização do fluxo de caixa
das empresas, outros fatores têm impulsionado a busca por espaço nos terminais
retroportuários da Localfrio. Os regimes aduaneiros especiais como o de
Entreposto é um dos diferenciais buscados neste momento.
Com ele, os importadores conseguem fazer o
desembaraço de suas cargas de forma fracionada, o que permite melhor
planejamento do fluxo de internalização das mercadorias de acordo com a
demanda. Além disso, o regime especial permite manter as mercadorias por até 2
anos armazenadas com total suspensão de tributos, com possibilidade de
reexportação para outros países.
Outro
ponto que tem estimulado a busca de armazenagem nos terminais da Localfrio é o
aumento da incidência de demurrage (taxa cobrada pelos armadores pelo atraso na
devolução de contêineres). Este item pode impactar fortemente os custos de
importação. A capacidade de armazenagem e a agilidade da Localfrio nas
operações têm ajudado a aliviar esta pressão de custos para os clientes.
"O impacto do demurrage varia em
função do porte dos clientes, produtos e tipos de contêineres utilizados,
podendo variar de US? 60 a US? 300 por dia. É mais compensador transferir a
carga para um armazém alfandegado e liberar os contêineres o mais rápido
possível", diz Rittscher.
"Criamos um ciclo de oferta em que
capturamos todas estas necessidades e a resposta do mercado tem sido bastante
positiva", diz o CEO da Localfrio. "Os terminais portuários são
pontos de passagem das mercadorias e por isso a estrutura oferecida não
atendente às necessidades dos importadores em suas demandas por serviços
personalizados e prazos mais longos de armazenagem. Já os terminais retroportuários
alfandegados têm mais infraestrutura para armazenagem e oferecem ainda uma gama
de serviços adicionais que os terminais portuários não oferecem", completa.
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