Os
efeitos da pandemia do novo Coronavírus (Covid -19) na economia global tiveram
um impacto limitado no desempenho operacional da Santos Brasil no primeiro
trimestre de 2020, considerando a movimentação de contêineres dos terminais, a
armazenagem no Tecon Santos e nos CLIAs (terminais alfandegados), bem como as
atividades da Santos Brasil Logística e do Terminal de Veículos (TEV).
O volume consolidado dos três
terminais de contêineres da Companhia - Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do
Conde (PA) - apresentou alta de 4,1% no período em relação ao 1T19, somando
265.321 contêineres. Nas operações de longo curso, que representaram 70,2% do
total movimentado, os volumes de contêineres de importação apresentaram
crescimento de 13,2% e os de exportação queda de 13,0% em relação ao 1T19. As
operações de cabotagem cresceram 14,0% e representaram 29,8% do volume total
movimentado; e as operações de transbordo tiveram aumento de 6,5% no trimestre,
representando 35,9% do volume total movimentado.
No Tecon Santos, a movimentação
cresceu 7,0% em relação ao 1T19, somando 233.779 contêineres no 1T20. Com o
volume movimentado no trimestre, o Tecon Santos apresentou, em base anualizada,
utilização de 75% de sua capacidade e obteve 36,9% de market share no Porto de
Santos.
O Tecon Imbituba movimentou 10.211
contêineres no 1T20, 19,3% abaixo do volume do 1T19. A queda é explicada pela
redução na movimentação de contêineres de longo curso, que ainda contava com o
serviço asiático ASAS em janeiro de 2019, descontinuado no fim do mês, e também
pela queda no volume de cabotagem.
No Tecon Vila do Conde, o volume de
contêineres movimentados caiu 10,2% no 1T20 para 21.331 unidades. Essa queda
teve como principal responsável uma acentuada redução na movimentação de
contêineres vazios em janeiro e fevereiro. Em março, já houve retomada no
reposicionamento de contêineres vazios em Vila do Conde, antecipando-se aos
embarques previstos para os próximos meses.
A Santos Brasil Logística apresentou
queda de 8,7% no volume de contêineres armazenados em relação ao mesmo período
do ano passado. Entretanto, parte da queda do volume de armazenagem do CLIA
Santos foi compensada pela migração de clientes dos serviços de navegação que
operavam na Libra Santos para serviços que escalam o Tecon Santos, o que elevou
a armazenagem de pátio do terminal. No segmento de Transporte Rodoviário, a
SBLog fechou contrato com dois novos clientes, que deverão incrementar o volume
transportado nos próximos meses.
O TEV movimentou 48.422 veículos no
1T20, queda de 1,1% em relação ao 1T19. O destaque no trimestre foi a alta de
88,3% nas importações de veículos, melhorando, portanto, o mix do TEV. Em
contrapartida, as exportações caíram 13,4%, representando 77,0% do total
movimentado.
De acordo com Daniel Pedreira Dorea,
diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil,
"as unidades de negócio da Companhia seguem operando regularmente,
prestando serviços essenciais à sociedade. Embora reconheçamos que a realidade
então projetada para 2020 se alterou significativamente em razão do novo
coronavírus, fizemos bem a nossa lição de casa. A posição de caixa é saudável,
o endividamento líquido baixo e temos um fluxo de investimentos que preservará
a vantagem competitiva no nosso principal mercado, o Porto de Santos. Por isso,
estamos preparados para atravessar o período mais agudo da crise e, também,
para futuramente colher os frutos da retomada econômica".
A receita líquida consolidada da
Santos Brasil totalizou R?223,8 milhões no 1T20, queda de 1,5% vs. 1T19. O
EBITDA no período somou R?38,5 milhões, um crescimento de 17,4% frente ao mesmo
período do ano anterior, com margem de 17,2%. Em base recorrente, o EBITDA foi
de R?36,3 milhões, com margem de 16,2%. A Companhia apurou prejuízo líquido de
R?13,3 milhões no 1T20, comparado ao prejuízo líquido de R?9,1 milhões no 1T19.
A Santos Brasil encerrou o 1T20 com
saldo caixa e aplicações financeiras no montante de R?372,9 milhões, dívida
líquida de R?63,1 milhões e índice de alavancagem de 0,50 vezes a dívida
líquida/EBITDA pró-forma* (considerando os custos de arrendamento e aluguel)
dos últimos 12 meses.
No primeiro trimestre deste ano, o
CapEx consolidado somou R?63,3 milhões, com 97% do total investidos no Tecon
Santos, sendo a grande maioria referente à obra de extensão e reforço do cais
do TEV/Tecon Santos, investimentos previstos no Projeto Executivo objeto da
prorrogação antecipada do arrendamento do terminal.
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