Quase 27%
dos portos da América Central e do Sul estão enfrentando escassez de
trabalhadores portuários. Além disso, navios porta-contêineres, Ro-Ro e navios
de carga geral igualmente reduzem substancialmente suas chegadas desde o
surgimento da pandemia da Covid-19.
A sexta edição do relatório semanal
do Barômetro de Impacto Econômico de Portos AIPH-WPSP, compilado pelos membros
da PortEconomics Theo Notteboom e Thanos Pallis, e cobrindo a evolução dos
portos em todo o mundo revelou o problema. Mostra, também, que o alcance global
da pandemia é sentido em graus variados, dependendo da região.
O Barômetro igalmente relata uma
transição do excesso de capacidade para o uso insuficiente em algumas áreas de
armazenamento portuário. Os portos latino-americanos são mais afetados por
atrasos no interior, escassez de trabalhadores portuários e disponibilidade de
caminhoneiros do que em outras regiões do mundo.
Segundo o relatório, os portos da América
Central e do Sul sentem o impacto do Covid-19 nos trânsitos interiores e na
disponibilidade de mão-de-obra. No geral, a proporção de portos na América
Central e do Sul que enfrentam declínios nos desembarques semanais é bastante
comparável à média mundial. Contudo, em alguns portos da região, navios
porta-contêineres, navios Ro-Ro e navios a granel em geral (quebra a granel)
marcaram reduções significativas em suas chegadas no período analisado.
A situação do transporte terrestre é, em
média, mais perturbada do que se pode ver em todo o mundo, principalmente no
que diz respeito aos serviços ferroviários e de barcaças. No entanto, o número
de portos que enfrentam interrupções nas atividades de transporte rodoviário
dentro e fora das áreas portuárias está diminuindo gradualmente.
Os cerca de 27% dos portos da América Central
e do Sul enfrentando uma escassez de trabalhadores portuários, representa um
número superior às perspectivas globais. A disponibilidade de pessoal no nível
de autoridades portuárias também é mais baixa em comparação com a amostra
global, embora fortes flutuações sejam observadas durante o período de
observação.
Finalmente, 18% dos portos da região enfrentam
escassez de motoristas de caminhão, em comparação com 9% no mundo.
Diferentemente do resto do mundo, a disponibilidade de caminhoneiros na região
não melhorou significativamente nas últimas semanas.
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